terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O beco mais doido da Pipa


Antiga trilha de uma Pipa de outros tempos, o caminho nativo virou com o passar dos anos um angusto beco largo apenas um metro entre os muros altos das casas, pousadas e condomínios que foram erguidos desde então.
O beco, estreita estensão da rua do Céu, vai da rua principal até a rua da Gameleira e vice-versa. Durante esta filmagem eu o percorri de bicicleta, no guidão da qual está fixada a pequena filmadora.
Trilha sonora de Kevin McLeod - Thanx a lot!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Barquinhos de Guacamole

Ingredientes para 24 barquinhos

12 tomates
um abacate maduro
uma cebola branca
7 dentes de alho
2 limões
pimenta chili ou calabresa moída
24 "nachos"
sal fino



Amassar bem com um garfo o abacate em uma tigela; acrescentar a cebola e o alho triturados finíssimos e misturar bem o composto. Espremer o sumo dos limões sobre o composto e acrescentar uma colher (sopa) de pimenta moída e sal a gosto. Misturar muito bem o composto e guardar a tigela na geladeira. Cortar os tomates no meio e cavá-los com uma colher, realizando assim os 24 cascos dos barquinhos. Rechear os tomates com o guacamole e colocar os "nachos" como se fossem as velas dos pequenos barcos só na hora de servir.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

War/No More Trouble | Playing for Change


War/No More Trouble | Playing for Change | Song Around The World

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Vacilou, dançou!

A Pipa não é mais aquela de um tempo... isso é um fato. Mas só quando os acontecimentos chegam a interferir na nossa vida, sentimos realmente o peso das mudanças.
Desde 1993, quando comprei esta casa na praia, até o ano 2000 nunca me preocupei muito com a falta de segurança. Muito pelo contrario, a tranquilidade nesse sentido era praticamente absoluta. Me lembro bem que ia com Elena e meu filho Federico pra baia dos golfinhos e, por "educação", deixava as janelas abertas e o som ligado, para entreter eventuais amigos que chegassem em nossa ausencia.
Outros tempos...
Depois as coisas foram mudando e os acontecimentos ruins sucedendo com frequencia sempre maior.
Minha casa não é "à prova de ladrão". Não tem muro alto, grades nas janelas, cerca eletrica, portão blindado, vigilancia armada, pitbulls irados. Nada disso.
Me lembro que no 2005, no auge do "Jack's on the beach" e na época da primeira crise da Pipa por falta de segurança, não podia ir comer uma pizza na rua com Sobelysse e a pequena Marina Luna sem deixar um vigia na varanda, tranquilo na rede, só pra marcar presença...
E falando em rede, vamos voltar à atualidade.
Ontem foi o último dia de escola por minha filha e no Espaço Maturi rolou uma exposição dos trabalhos deste ano e uma simpatica representação teatral na qual ela também recitou.
Depois do almoço, saindo às pressas, deixei minha rede armada na varanda... e me esqueci de despedir-me dela.
Quando voltamos não estava mais ali... que pena! O "dono" passou e carregou consigo.
Vacilou, dançou, "seu" Jack...


Se algum representante das autoridades constituidas (prefeitura, policia, pais de menores, etc.) fosse ler estas minhas palavras, gostaria de comunicar-lhe que na praia abaixo da minha casa e entre as pedras mais pra lá se reunem às vezes pequenos grupos de pessoas para fumar o maldido crack e outras vezes um grupinho de moleques (muito muito jovens) para fumar um baseado...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Crato-Express (trailer do vídeo)

Pipa(RN)-Crato(CE)-Pipa(RN)
1600 km em 4 dias, com Tito Rosemberg levando de volta à terra natal o "multi-artista" Guto Bitu. Este é apenas o trailer do vídeo que será publicado em breve... com a participação especial de João do Crato, Mestre Aldenir e a Banda Cabaçal N.S. da Conceição de Arajara (Distrito de Barbalha/CE)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Crato-Express

Pipa(RN)-Crato(CE) 630 km. em 9h
com Tito Rosemberg, levando de volta à terra natal o "multi-artista" Guto Bitu. Passando por Goianinha, Santo Antônio, Currais Novos, Acari, Caicó, Pombal, Sousa, Cajaizeiras, Milagres, Barbalha e Juazeiro do Norte.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Fauna e flora do meu jardim

Um bonito exemplar de iguana, fotografado o 4 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Penne com frango e cenoura

Ingredientes para 2 pessoas:
200 gr. de penne "grano duro"
200 gr. de peito de frango
uma cenoura de tamanho médio
5 colheres de azeite de oliva
um dente de alho
pimenta calabresa a gosto
uma gema de ovo
sal grosso
sal fino

Numa frigideira aquecer o azeite com o dente d'alho cortado no meio. Acrescentar o peito de frango cortado em cubinhos miudos e ajustar de sal; assar por cerca 10 minutos, mexendo com a colher de pau de vez em quando, até o frango não ficar levemente torrado. Retirar o alho da panela.
Cozinhar a massa "al dente" em abondante água fervente, salgada com sal grosso. Lavar bem a cenoura e cortá-la em tirinhas finas.
Escorrer bem a massa e colocá-la na frigideira ainda quente, mas com o fogo apagado. Acrescentar a gema d'ovo, a cenoura, a pimenta calabresa e misturar muito bem.
Servir em pratos fundos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Risotto de cereais integrais com peras e gorgonzola

Ingredientes para 4 pessoas:
2 xicarás de mistura de cereais integrais*
2 grandes peras, não muito maduras
250 gr. de queijo tipo gorgonzola
pimenta calabresa a gosto
sal fino

Na verdade este prato tudo é menos um risotto, mas vamos chamá-lo assim. O "risotto" de cereais integrais foi já testado e aprovado por alguns amigos, entre os quais os italianos Giovanni e Paolino.
A preparação é muito simples. Cozinhar os cereais em sete xicarás de água fervente, salgada com sal fino. O tempo necessário é de aprox. 40 minutos.
Enquanto isso, lavar muito bem as peras e reduzi-las em cubinhos miudinhos, de aprox. 5 mm. de lado. Cortar em cubos também, de aprox. 1 cm. de lado, o gorgonzola. Quando os cereais integrais estarão cozidos "al dente", escorrer a eventual água que sobrar e misturar muito bem com as peras e o gorgonzola numa tigela de barro, até não se formar um molho cremoso. Temperar a gosto com a pimenta calabresa.
Servir em pratos fundos.

* Usei uma mistura de sete cereais integrais (arroz integal, arroz selvagem, trigo integral, aveia iintegral, cevada, centeio e triticale) de uma tal marca que não vou dizer para não fazer publicidade... eh eh eh

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Rolé de bike no Chapadão


Hoje de manhã dei um rolé de bicicleta no Chapadão, cartão postal de Praia da Pipa. A filmagem foi feita utilizando uma action-cam Oregon Scientific ATC2K. A maquina tem acessórios para ser fixada no capacete, no guidão da bicicleta, na estrutura tubular do asadelta, ultraleve, qualquer coisa...
Tristemente esta filmadora não tem uma boa qualidade vídeo, mas serve para essas brincadeiras... eh eh eh!!!

Trilha sonora: "Duas e meia blues" de DJ Primata. Thanx a lot!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Homem e a Natureza

Onde o Homem limita suas atividades à mera contemplação,
a Natureza manifesta toda sua beleza!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mal-educados... por quem?

Domingo à tarde teve festinha de aniversário do amiguinho Iuri no meu jardim. Assim como Enzo, meu outro jovem amigo de Pipa, ele adora comemorar aqui seu aniversário, porque a diversão é garantida!
A praia, as piscinas naturais, o morro para escalar... são campos de muitas brincadeiras e aventuras para meninos e meninas. Enfim, na hora do pôr-do-sol, todo mundo na varanda para os parabéns e o bolo!!!
É em ocasiões como essa que acabo trocando umas ideias com os pais das crianças convidadas, pessoas que geralmente apenas cumprimento na rua ou na porta da escola.
Pois nesse domingo aconteceu algo que me deixou quanto menos pensativo.
Três dos não muitos genitores presentes à alegre reunião fizeram pra mim o mesmo comentário sobre os próprios filhos: "Ele/ela é muito mal-educado/a; não sei por que!", ou com a variante "...não sei mais o que fazer!".
Já escutei essa afirmação sair da boca de outras pessoas em muitas ocasiões, mas nunca três vezes numa meia hora, em três diferentes bate-papos durante uma festinha.
Uma festinha de aniversário não é o lugar certo para encarar assuntos muito sérios, assim preferi apenas dar um sorriso para os três, meio encabulado.
Mas desde então venho matutando sobre este tema.
Afinal das contas me parece que a reflexão principal seja a seguinte: não devemos nos perguntar sobre nossos filhos "por que são mal-educados?", mas "são mal-educados por quem?".
E isso nos levaria logo a descubrir os responsaveis do problema, que somos nós mesmos.
São o pai e a mãe que devem ensinar desde cedo para a criança os conceitos básicos da sociedade civíl. Principalmente com a repetição do bom exemplo por parte do educador!
Quando pensamos que nossos filhos são mal-educados, devemos estar cientes que somos os maiores responsaveis disso.
Nessa Modernidade Liquida na qual estamos vivendo, os valores tradicionais perdem a própria solidez e deixam muitos desemparados, ao mesmo tempo que acompanham a criação de novos conceitos.
Vamos examinar a Familia, por exemplo. O velho estereotipo com um pai, uma mãe e um punhado de filhos representa só uma pequena porcentagem dos casos na atualidade. Uma familia mais moderna já é composta pela união de dois quase-coroas de aspecto ainda juvenil, que criam alguns filhos dos casamentos anteriores juntos a dois gatos, um cachorro e uma velha tia dele, que assiste TV o dia inteiro, mas participa com a aposentadoria das despesas da "familia".
Mas, efetivamente, são também uma família real um casal lesbo/gay bem sucedido, com um ganso africano na banheira e uma cabrita tibetana no jardim, cuidando do territorio; ou os tantos não sei quantos, que ficaram ali, de uma comunidade utopica na Serra da Mantiqueira. E assim por diante.
Minha família tem varios niveis.
Atualmente o núcleo é composto por mim, minha filha e um cachorrinho de 50 dias, Biriba, no nosso micro-cosmo quotidiano. Em orbitas diferentemente separadas e distantes têm duas ex-mulheres, um filho adolescente que toca guitarra eletrica, uma mãe, uma irmã... uma sobrinha... estas duas já a um ano-luz de distancia!!! E sei lá quem mais...
E assim, com toda a confusão que se cria, com sempre menos referências fundamentadas, a Educação também é mais um valor tradicional que acaba pagando as consequências da Modernidade Liquida.
Quem é responsavel da educação de seu filho, amigo?
A mãe? O padrasto? A professora? O Faustão e toda a tvglobo? A velha tia? A cabra tibetana? Todos? Ninguém?
Você mesmo!
Neste Terceiro Milénio globalizado e selvagem, não é fácil ensinar os valores importantes aos nossos filhos.
Enquanto todos os preceitos eticos adquirem significado e importancia diferentes dependendo da hora, da situação e da pessoa, qual é o bom exemplo para seguir que estamos transmitindo aos nossos filhos?
Não está facil.
Eu mesmo muitas vezes fico pensando, preocupado: por que minha filha deveria acreditar em mim?
Não sei.

...
Putz, amigo!
Desligue a TV hoje à noite na sua casa e leia uma história para a sua criança. E amanhã também...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Consciência Negra no Museu do Homem do Nordeste

Diretora do Museu do Homem do Nordeste é Vania Brayner, esposa do meu querido amigo Chico Lyra, com o qual compartilho, entre outras coisas, a paixão pelo sertão nordestino e sua história.
Com Marina Luna e Eddy Polo visitamos o museu no janeiro passado, logo depois da sua reinauguração, após demorada reforma do predio e reorganização da exposição permanente.
Próximo domingo não estarei no Recife, mas aconselho todos os que puderem ir não perder esse evento.

domingo, 11 de outubro de 2009

Velha guarda reunida...

Uma fotografia histórica esta, tirada ontem à noite por Cíntia, que vê reunidos numa só imagem: Ricardo, Dante, Cláudio, Jesus e eu...
Fazia anos e anos que a gente não se reuniva para bater um papo desse, ainda mais sentados na frente da casa que já foi o Batuk Bar daquela Pipa que só existe agora na nossa memória.
Ricardo mora a Ponta Negra já faz anos, com a mulher e a filha, e muito raramente aparece na Pipa. Dante está naquele vai-e-vem entre as duas pizzarias e as duas casas: na maioria dos casos, cruzo ele na rua de carro indo ou voltando de Natal.
Já com Cláudio e Jesus me encontro mais facilmente.
Como a conversa estava muito boa, nos mudamos todos para a pizzaria de Dante, onde jantamos, e depois ainda fomos pra minha casa na praia... assistir a lua nascer no mar, trocando mais umas boas idéias.
Um verdadeiro programa revival... eh eh eh

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Falves Silva, Pipa e o FLIPA


Falves Silva é outra figura notável no panorama artístico brasileiro que tive o prazer de conhecer durante o 1º FLIPA, Festival Literário de Pipa, apresentado-me por Abimael Silva ,do Sebo Vermelho de Natal/RN.
Falves Silva participou da vanguarda poética potiguar e nacional dos anos 60 com a Poesia Concreta e nos anos 70 com o Poema Processo. Abordando muitos temas, Falves foi desenvolvendo a partir dos anos 80 uma Poesia Visual permeada de todas as influências adquiridas, entre as quais se destacam: a geometria, o cinema e as histórias em quadrinhos.
Trocamos muitas boas idéias nos três dias do festival literário, tomando café na varanda da minha casa, conversando de mil coisas. Corri no Book Shop para ver sob novo olhar umas publicações do Sebo Vermelho a respeito dele. No domingo de manhã queria filmar mais um depoimento dele, mas enquanto estava gravando umas imagens de Moacy Cirne, ele e Abimael, aperreados, foram embora.
Pretendo em breve realizar um documentário sobre Falves Silva e sua poesia visual!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

As aventuras de Pentotal


Pentotal é um detetive particular que não perde a ocasião para se meter numa roubada em troca de um punhado de dinheiro ou dos beijos de uma gata perigosa. No submundo das periferias urbanas, onde reina o trafico de drogas e armas, a prostituição e a pior politicagem, com abil jogo de cintura Pentotal dá sempre conta do recado, safando-se dos perigos constantemente na última hora.
A coisa mais engraçada é que Pentotal, com esse nome não poderia ser de outra forma, não consegue não falar o que pensa; ele é sincero demais! Assim isso fica caracterizando e atrapalhando a vida dele.
Uns exemplos. Ao confirmar um endereço, Pentotal poderia dizer: "Boa tarde, a senhora sabe dizer-me onde está a rua...", mas acaba falando "Será que essa velha gorda sabe me dizer, etc...". Mas ele não é mal-educado, só é sincero demais...
Ao fazer o primeiro contato com um malandro, ele poderia dizer: "Ei, broder... aonde é que vende um bagulho bom nesse bairro?" e puxar conversa para saber mais. Mas ele vai direto ao assunto: "Quero falar com o chefão do trafico. Sobre uma menina desaparecida; onde é que ele está agora?".
Vou inventar um incidente no passado dele onde ainda moleque caiu no pentotal, como Obelix no panelão da poção magíca do Panoramix! eh eh eh...
Em breve o primeiro episódio das "Aventuras de Pentotal" !
O riff rock e copyleft da trilha sonora (já usado também em "My girls") é da banda Misturantes ( thanx a lot! ) www.jamendo.com

domingo, 27 de setembro de 2009

Inácio Magalhães de Sena e a Pipa


Inácio Magalhães de Sena, 70 anos, aposentado, é autor de "E agora labios meus dizei e anunciai" e "Memórias quase líricas de um ex-vendedor de cavaco chinês", ambos editados pelo Sebo Vermelho de Natal - RN.
O próprio Sebo Vermelho de Abimael Silva publicará em breve outra obra do autor potiguar: "O rio da água azul".
D.Inácio, então funcionário do Correio, frequentou a Pipa no fim dos anos 50 e o começo dos 60... Este depoimento foi filmado na manhã do sábado 26 de setembro 2009, último dia do 1º FLIPA, o Festival Literário de Praia da Pipa.
D.Inácio, amigo e colaborador de Abimael há decadas, é uma figura interessante que conheci melhor durante esse festival literário. Muitas vezes já o vi sentado na entrada do Sebo Vermelho e trocamos umas ideias rapidamente.
Li mais de uma vez suas "Memórias quase líricas..." mas não tinha entendido que o autor fosse a simpática figura que já conhecia até outro dia, quando Abimael me apresentou D.Inácio oficialmente no estande do Sebo Vermelho na praça. Conversamos um bocadinho dessa vez: de literatura, de viagens, do passado, do presente, do futuro.
Agora vou ler as "Memórias" mais uma vez...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Abimael Silva na praia da Pipa


Nada mais posso dizer que não tenha já sido escrito e falado sobre Abimael Silva, essa figura tão importante no panorama literário brasileiro; é graças a ele mesmo que interessantes livros, antigos e mais recentes, esgotados há tempo têm vida nova em edição fac-similar no Sebo Vermelho, no Centro da capital potiguar.
É deste mês de setembro de 2009 a re-edição de três títulos que já foram recebidos por pesquisadores e colecionadores com saltos de joia!! Daqui a alguns mêses teremos finalmente a possibilidade de folhear um outro livro muito importante para compreender a história do Rio Grande do Norte: "Indios do Açu e Seridó" de Olavo de Medeiros Filho.
Conheço Abimael Silva há anos, mas foi só em ocasião desse 1º FLIPA que fortificamos nosso mútuo apreço e conseguimos em poucos dias deixar um marco desse encontro. A série vídeo de breves declarações de algumas das figuras que apareceram na Pipa durante o festival literário é o produto da nossa colaboração.
Valeu, Abimael... mais uma vez, valeu!!!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

El hombre y la duna


Finalmente outro dia Cíntia Junqueira soltou-se e realizou sua primeira "filmaje". Sim, isso mesmo: "filmaje"... e eu acabei fazendo a "montaje" desse curta todo produzido em "castellano" (leia-se: castejano).
Isso porque Cíntia decidiu esordir no mundo do vídeo estilo web 2.0 filmando o argentino Jorge Castro, assíduo frequentador do Book Shop Pipa ultimamente, recitando o texto "El hombre y la duna" produzido após uma caminhada meditabunda nas praias dos Afogados e das Minas, se não estiver errado.
Com a câmara fotográfica dele, Cíntia ficou capturando as imagens sem parar um momento... como uma mosca! Mas o efeito foi bom e ficou em harmonia com o texto lido, que fala de diferentes perspectivas e pontos de vistas.
Na minha "montaje" me limitei ao corte final e coloquei títulos e creditos...
2 minutos e 14 segundos.
Um pequeno produto, um primeiro produto.
Eu disse para eles se alternarem na frente e atrás da câmara, assim fica mais interessante ainda...
Vamos ver.

sábado, 19 de setembro de 2009

Praia limpa, praia linda 2009

Ao final das contas, mais uma vez deu tudo certo. Até sobrou um bocadinho de feijoada... eh eh eh
Os estudantes das escolas públicas de Pipa e Sibaúma, juntos aos prof. Sara e prof. Ronaldo, Márcia do Nep mais outros voluntários, entre os quais um pequeno grupo de turistas, limparam o trecho de litoral compreendido entre a praia das Minas e o encontro das águas na foz do rio de Sibaúma. Os estudantes de Tibau do Sul, acompanhados pelas prof. Silvia e prof. Patricia, recolheram o lixo na praia local. O caminhão do lixo recolheu todos os sacos que os três grupos foram juntando durante a caminhada ecológica.
O evento começou por volta das 8 horas e seguiu até o início da tarde, contando com a participação e colaboração de aproximadamente 200 pessoas, complexivamente. À beira do rio de Sibaúma, onde se reuniram todos os participantes, houve uma palestra do TAMAR sobre as tartarugas marinhas e depois a distribuição do material informativo fornecido pelo IDEMA; o grupo teatral do IBAMA apresentou a breve, mas simpática peça "As aventuras de Tatá".
Junto ao secretário de Meio Ambiente Gaspar compareceu também o prefeito Nilsinho, que naturalmente ressaltou a importância da preservação ambiental e da formação de uma consciência ecológica nos jovens cidadãos. Fácil a dizer...
Uma grande comemoração com direito a caldeirada de frutos de mar, feijoada e frutas variadas encerrou o evento numa alegria geral.

Colaboradores:
Branca
Joca
Geovan
Mangal
Márcia
Jack
Bruno
Mag
Zinho
Prof. Silvia (Tibau do Sul)
Prof. Patricia (Tibau do Sul)
Prof. Sara (Sibaúma)
Prof. Ronaldo (Pipa)
Valdenir (Santuário Ecológico)
Armando (Tamar)
Lorival (Tamar)
Lucas (Tamar)
Brito (Ibama)
Juliana, Claudia, Emanuele,
Leny e Felipe (Teatro de Fantoches)
Leonaldo (Secretaria de Educação)
Carlos (Secretaria de Turismo)
Pedro Neto (Secretaria de Serviços Urbanos)
Gaspar (Secretaria de Meio Ambiente)

Obrigado a todos! Valeu!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

domingo, 13 de setembro de 2009

Dia Mundial da Limpeza das Praias

Um grande mutirão de limpeza está programado para acontecer nesta sexta-feira, 18 de setembro nas praias de Pipa, Sibaúma e Tibau do Sul.
A ação, que acontece em comemoração ao Dia Mundial da Limpeza das Praias, é promovida pelo NEP - Núcleo Ecológico da Pipa, e conta com a parceria da Prefeitura de Tibau do Sul, através das Secretarias de Meio Ambiente, de Serviços Urbanos e de Turismo, e o apoio do IDEMA, Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, e do Projeto TAMAR.
Estudantes das escolas públicas de Pipa e Sibaúma vão limpar o trecho de litoral compreendido entre a praia das Minas e o encontro das águas na foz do rio de Sibaúma. Estudantes de Tibau do Sul, acompanhados pela prof. Silvia, vão recolher o lixo na praia local.
O evento está programado para iniciar às 8 horas e segue até o início da tarde, com participação de aproximadamente 300 pessoas, complexivamente. Na praia de Sibaúma haverá uma palestra com distribuição de material informativo e uma feijoada comemorativa.

Todos estão convidados a participar.
Interessados entrem em contato pelo e-mail.

O Dia Mundial de Limpeza das Praias foi criado pelos ambientalistas americanos como "Clean-up Day" e, logo em seguida, os australianos fizeram o "Clean up the World". Assim como milhões de pessoas no mundo inteiro, eles já haviam percebido na década de 80 que, apesar da reconhecida importância do mar para a maioria das culturas e das sociedades, o litoral estava sendo poluído de forma massiva, acabando com a vida marinha e com as possibilidades de pesca e de lazer.
Por isso, cada ano nesta data, último fim de semana de verão no hemisfério norte, os amigos da natureza se reúnem para realizar ações em benefício do planeta, com mutirões de limpeza, plantio de árvores, recuperação de encostas. limpeza das águas, etc.
Atualmente, mais de cem países realizam a promoção e estima-se que aproximadamente 35 milhões de pessoas já tenham contribuído para deixar o litoral mais limpo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A união faz a força

Mutirão de pescadores na Praia da Pipa

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Pipa insustentável


carlosts
@jackdemilia quem montou Pipa insustentável?
em segunda-feira, 24 de agosto de 2009
from web in reply to jackdemilia

Bom dia, Carlos
só agora vi, procurando outra coisa, sua pergunta do dia 24 de agosto no Twitter; naquele dia houve grande troca de tweets entre a gente e esse aí passou despercebido na minha tela.
Sinceramente não sei dizer quem escreva o blog Pipa Insustentável, mas com certeza não é um fã de Nilsinho... eh eh eh
Eu e Cíntia ficamos pensando e pensando quem possa ser, mas até agora não temos alguma certeza... só muitas suspeitas.
Tratando-se só de suposições, naturalmente evitarei de externá-las.
Quando não são verdadeiros delírios, os comentários desse blog às vezes são até mais interessantes que os próprios posts, sendo a voz do povo que opina sobre temas quentes e atuais. Com certeza a turma da oposição política se esconde atrás dos comentários mais agressivos.
Têm também uns rancorosos, pessimistas cósmicos, que vieram morar na Pipa, mas não se acharam bem e só ficam criticando tudo o tempo inteiro. Desses eu sinto até pena às vezes, quando não tenho nada melhor pra fazer.

Acho interessante que exista mais uma forma di publicar noticias e informações que ficariam ignoradas pela maioria da população. Apesar da internet não estar presente em todas as casas, assuntos importantes publicados na web são comentados também na praça e nos mercadinhos.
O Fórum Pipa, www.forumpipa.org , no ar desde 2002, criou na Pipa uma verdadeira forma de moderna democracia digital, publicando documentos, imagens e chamando a comunidade a opinar, denunciar, divulgar, não omitir.
O Fórum Pipa se demonstrou logo muito útil, colaborando a solução dos problemas de falta de segurança daquela época...
Aconteciam furtos todos os dias, mas ninguém tocava no assunto publicamente para não difamar a própria pousada, comercio, enfim, a imagem da Pipa em geral...
Foi assim que no embalo das denuncias do Fórum Pipa, o NEP, a Ashtep, o Conselho Comunitário e atrás todos os outros organizaram a Caminhada pela Paz pedindo socorro à governadora.
Foi um bafafá, mas a Polícia veio com força e deu um jeito, capturando umas quadrilhas que agiam já com o mesmo esquema fazia tempo.
Também o Fórum Pipa ofereceu para todas as associações comunitárias do município um espaço gratuito onde colocar informes, atas de reuniões, projetos etc.
Quando Nilsinho foi eleito prefeito o Fórum Pipa, acreditando no dialogo, inaugurou o espaço "Ao Sr. Prefeito", mas ninguém da prefeitura respondeu às perguntas, dúvidas e acusações publicadas...
Acredito que o bom administrador público, aproveitando de cada perspectiva, deveria saber entender o que o povo está falando, gritando, escrevendo nos muros ou publicando na web...
Assim teria um verdadeiro elo com a população que representa e pela qual trabalha. Ultimamente apareceu um novo blog pipense, mas ainda é muito cedo para dar um juizo, contudo me pareça bem impostado: www.pipa-tv.blogspot.com .
Mas voltando, finalmente, ao assunto principal, acredito que o blog Pipa Insustentável poderia ser mais útil se ao contrario de fazer uma guerra pessoal contra a atual administração, se limitasse a publicar flagrantes de situações irregulares para os administradores, orgãos competentes e associações comunitárias tomarem as atitudes necessárias.
Não devendo mais a comunidade desconfiar das informações, pela fonte não ter muita objetividade, o valor da denuncia seria maior.

Pelo resto, tudo beleza.
Um abraço
Jack


http://cyber-buda.blogspot.com/
http://twitter.com/jackdemilia
http://eca13.org/
http://forumpipa.org

domingo, 30 de agosto de 2009

Três anos de Leitura na Praça

Cíntia, Sandrinha e Marizé têm a grande satisfação pessoal de começar a comemorar hoje, junto às crianças de Pipa, os três anos de atividades do projeto Leitura na Praça, criado no julho de 2006.
A comemoração vai ser repetida nas próximas semanas também no Umari, em Piau e Sibaúma, os outros distritos do município onde as três mulheres mais interagem com a população infantil.
O projeto Leitura na praça no município de Tibau do Sul não nasceu por acaso. Já desde 2003 Cíntia Junqueira, consciente da total falta de acesso à leitura por parte da maioria da população da região, vem tentando implantar uma biblioteca itinerante que possa visitar periodicamente todos os distritos do município e emprestar gratuitamente livros de todos os gêneros para a população carente. À procura de patrocínio no 2005 o projeto da biblioteca ambulante foi apresentado ao Banco do Nordeste, mas entre muitos não foi escolhido.
Após uma momentânea desilusão, a boa vontade voltou à tona e Cíntia decidiu agir de qualquer forma. No fim de maio de 2006, ela chamou alguns amigos para uma reunião e a partir desta data, formado o núcleo ativo do grupo, o projeto Leitura na Praça vem crescendo, ao mesmo tempo sendo reelaborado, quando for necessário, e executado.
A primeira atuação do grupo foi no dia 16 de julho do mesmo ano, na praça da Pipa. Desde então o objetivo do projeto pode ser assim resumido: estimular e divulgar a leitura entre os jovens do município de todos os níveis sociais em idade escolar e pré-escolar.

Foram três anos difíceis, com as complicações e os desenganos alternando-se à satisfação de estar agindo a nível social realmente e não só conversando sobre isso. Conheceram de perto situações de precariedade que nem imaginavam; assistiram a fatos que deixaram marcas indeléveis dentro delas; mas não desistiram... criaram uma com a outra a coragem, a paciência e a boa vontade de continuar no caminho certo.
Nestes três anos muitas coisas aconteceram: os colaboradores foram mudando, o acervo literário crescendo, a organização aprimorando-se.
As três mulheres são um raro exemplo de dedicação e eficiência no nosso município: ao contrario de muitos membros de associações comunitárias locais, que perdem tanto tempo se reunindo e conversando, conversando, conversando sobre os mais interessantes temas, mas agindo muito pouco, Cíntia, Marizè e Sandrinha nunca pararam. Ao longo dos três anos foram mais de cinquenta os encontros com a juventude local.
Com o passar do tempo o acervo literário foi crescendo e alguns reconhecimentos chegando.
A biblioteca comunitária Book Shop Pipa foi declarada pelo Ministerio de Educação e Cultura (MEC) Ponto de Leitura, assim vai receber brevemente mais livros e um computador. A Fundação José Augusto de Natal também reconheceu o valor do projeto e ofereceu um pequeno prêmio de 2mil reais. Com este dinheiro e parte do acervo literário disponivel, as três mulheres estão pensando em fundar uma biblioteca comunitária em Sibaúma, bem no meio da praça principal.
O projeto “Leitura na praça” não tem rabo preso por ninguém e conta somente com o apoio não vinculado de alguns comerciantes locais que arcam o custo dos lanches e outros pequenos gastos.
Todos os interessados a colaborar de alguma forma para um bom êxito deste campanha para estimular as crianças à leitura, podem entrar em contato com Cíntia escrevendo para cintiabook@yahoo.com ou simplesmente indo na biblioteca comunitária Book Shop Pipa, na rua dos Bem-te-vis, travessa da rua principal aqui na Pipa.

domingo, 16 de agosto de 2009

Play it loud !!!

Meu nome é A, sou brasileira de Curitiba e a alguns meses moro na Pipa, sou advogada, tenho espirito crítico e resolvi estabelecer-me aqui.
Existe um restaurante muito conceituado que se chama [omissis], que deve ser muito MAL administrado, porque todas as tardes seus funcionários transformam o mesmo em uma sucursal da Igreja Universal do Reino de Deus, e, em um ato de desespero colocam péssimos hinos evangélicos a todo volume, ao ponto de todos aqueles que passam terem de tapar os ouvidos..
Com certeza estas pessoas nunca irão comer ai por a noite por pensarem que se trata de mais uma empresa do bispo EDIR MACEDO.

Tenho dito.
Até a próxima.
A.



Bom dia, Amiga
não tenho ainda o prazer de conhecé-la e espero num próximo futuro encontrá-la para trocar ideias sobre morar na praia da Pipa, pro e contra.
Com certeza teremos muito para falar.

Ao ler sua mensagem, a única novidade na qual reparei é a sua presença na cidade, pois pelo resto tudo me parece bem normal.

Não sei a Curitiba, de onde você vem, mas pelas minhas andanças no Brasil sempre deparei nesse inconveniente que é o som alto; mudando os estilos (forró, reggae, sertanejo, axe, rock, brega ou qualquer outro), sempre tem pelo menos uma pessoa mal educada levantando o volume demais !!!

No verão, quando a Pipa está lotada de turistas, você vai ver o que é bagunça !!!
Dos carros, das casas, de pequenos e poderosissimos carros-de-som, que vendem CDs e vídeos piratas até na praia, se levanta o som de tal forma que, mesmo se for música boa, fica desagradável.
Mas como já disse: isso acontece em qualquer canto, não é uma caracteristica exclusiva da Pipa.

Já o volume do chamado religioso é outro assunto sério !!!
Me lembro de quando, ainda criança, ia passar alguns dias de verão numa casa de campo no meio do nada, num vale verde e bonito. Lá na Italia... lembranças já antigas.
No meio da natureza, a gente curtia aquele som ambiente bucólico, que não é o silencio, mas nunca incomoda. Bom...
No domingo de manhã, improvisamente a tranquilidade era rasgada pelo som que saia das cornetas montadas na torre da igreja... não sei dizer quanto longe, mas longe.
Assim, quem estivesse naquele vale, querendo o não querendo, ia escutar toda a missa e receber a bençao do deus todo-poderoso.
Nada é novidade como pode ver.

Não sei se foi o consumismo, a globalização, ou sei lá o que, mas a religião virou um negócio popular nas últimas decadas. Não precisa ter mais milenios de passado religioso!!!
Você também pode criar sua própria igreja, se quiser...
Aqui na Pipa o negócio religioso está em alta este ano!!!
Enquanto os comerciantes se queixam da chuva e da temporada fraca, os novos ministros de tantas fés prosperam, constroem e trocam de carro à toda hora.
Agora virou chique ir de gravata no templo... acho um pouco extravagante nesse clima tropical. Mas, como moderno povo eleito, talvez eles usem essa gravata para ser reconhecidos no dia do juizo final !!! Não sei...

Quanto ao restaurante que você citou, não sei o que dizer, sinceramente. Confesso que, passando lá na frente à tarde, reparei mais de uma vez com o volume bem mais alto do usado durante o expediente; mas reconhecer a música como evangelica, assim como você disse, eu não cheguei a fazer.

Acredito que o simpatico amigo T, administrador do restaurante, não saiba nada disso, e por esta razão envio pra ele cópia da sua queixa e da minha resposta.

Minha proposta para resolver o problema aqui na Pipa é clara e unívoca: aplicar as multas e sequestrar os aparelhos de quem ultrapasse o volume consentido por Lei !!!
Qualquer que seja a fonte do barulho.
A Polícia Ambiental fica fiscalizando os bares da rua principal; legal. Mas deveria também medir o volume desses cultos religiosos. E, principalmente, sequestrar os aparelhos dessas casas de veraneio que se transformam em boates 24h, atentando à quiete pública durante toda a temporada. Digo sequestrar para evitar aquela coisa de sempre: a Polícia vai embora e o volume levanta de novo.

Considerada a sua profissão, sugiro-lhe, se tiver vontade de aplicar parte de seu tempo para o bem da comunidade, prestar assistência legal para uma associação comunitária que precise disso, como o Núcleo Ecológico da Pipa ou o Conselho Comunitário, dois grupos que lutam a muitos anos sem tantos recursos; a ajuda de um advogado seria ótima e poderia transformar completamente a atuação deles.

Escrevi muito, por que, afinal das contas, um simples acontecimento levantou mais de uma problematica social. Mas espero ter satisfeito suas expectativas, quando decidiu inserir-me entre os destinátarios de sua queixa.

Tudo de bom pra você, amiga.
Tchau.

sábado, 8 de agosto de 2009

Retirada domiciliar de lixo

Minha cadela Cabrita também morreu. Agora o negócio é barra pesada. No meu jardim, sem portão, sem muro alto, entra quem quiser...
Ontem decidi jogar fora um montão daquele entulho que todo mundo sempre acaba acumulando em algum canto pouco frequentado da casa. Quero transformar uma área de serviço coberta, que tenho atrás da cozinha, numa oficina, assim preciso de espaço.
Tem um aparelho TV que não presta faz anos, coleções de revistas atacadas pelos cupins, brinquedos quebrados sem conserto, pedaços de madeira, qualquer coisa, enfim...
Levei um bocado de lixo no posto de coleta na rua em sacos de plastico preto; deixei por cima de uma mesinha na varanda os objetos que ia colocar, para despensá-los sem perigo, numa caixa de papelão: entre varias coisas, um estabilizador e um ventilador sem conserto.
O ventilador é o do quarto dos hospedes, que alugo no verão, e a maresia tomou conta do aparelho. Não quis jogar fora na hora e joguei fora ontem... mas não foi necessário levar até o posto de coleta.
Enquanto estava na rua à noite, algum desses vagabundos "pedreiros"¹ que andam por aqui, não sendo recebido pelos latidos das cadelas, criou coragem e subiu a escada. Assim acabou se transformando, sem saber, de "pedreiro" em "gari", porque carregou foi lixo...
Finalmente a Prefeitura poderá afirmar sem erro que na praia da Pipa acontece a "coleta seletiva" do lixo !!!
eh eh eh


¹ Não sei se for comum ou não, mas aqui na Pipa estamos chamando de "pedreiro" (entre aspas, também falando) as pobres almas que fumam crack !!!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

News a pagamento na web

A época das noticias gratis na rede está para terminar. A News Corp. de Rupert Murdoch, colosso da editoria mundial, começará a cobrar acesso a todos os sitos web do grupo.
Segundo o empresario, muitos outros vão fazer o mesmo no embalo.
De um lado acho muito bom que as noticias desse grande grupo editorial não cheguem tão facilmente na tela de todos: na maioria dos casos é noticia ruim e cheia de má energia.
Guerras. Desastres. Desgraças. Doenças. Corrupção. Fome. Morte. Mortos...
Em grande quantidade isso faz mal á saúde.
Por outro lado acho ainda melhor: o importante é manter a Rede livre e aberta; se os tubarões, só pensando no dinheiro, limitam o acesso às próprias news, nós teremos mais espaço para fazer nossa saudável e fundamental contra-informação. eh eh eh ...
Quando devo mesmo saber o que passa no resto do planeta, dou primeiro uma checada no web site da Mídia Independente: indymedia.org.

domingo, 2 de agosto de 2009

Não é muito, mas é f... !



Depois muito tempo passado em vão fuçando na web, hoje encontrei, quase por acaso, publicado no Youtube: "Não é muito, mas é Mário", curta-metragem do amigo Eddy Polo Lira Junior, verdadeiro cult-movie da praia da Pipa, rodado na Fazenda Bom Jardim em Goianinha e numa casa de taipa na Pipa, no ano 2000; vídeo praticamente inédito que narra a visita do escritor Mário de Andrade nesta região. A produção independente e sem muitos recursos financeiros foi ideada e planejada no Book Shop Pipa numa época na qual tinha me afastado desse lugar por outras razões; portanto foi só depois que Eddy e eu ficamos amigos que me interessei mais à coisa.
Só para lembrar um pormenor, me recordo que naquele ano 2000 fui contatado por Bruno Barbalho, também ele envolvido no projeto, que me pediu para realizar, a título meramente gratuito, um retrato de Mário de Andrade, que executei rapidamente no meu estilo "cartoon", com um cigarro meio torto na boca, e entreguei pra ele na minha casa, sem participar ativamente dessa produção em momento nenhum.
Que pena... penso agora.

Diretor da película foi o pernambucano Eddy Polo Lira Junior, que tinha já participado de algumas produções cinematográficas independentes no Recife, numa das quais como cenógrafo.
O titulo do filme foi sugerido pelo linguista alemão Ulli Raab, naquela época professor da Cultura Inglesa em Natal.
O papel de Mário de Andrade foi interpretado por Jesus Esopo, antigo morador de Pipa, proveniente do Pais Basco. Ele contracenou com o escultor potiguar Jordão de Arimateia, que desempenhou o papel de um bruxo, a quem Mário de Andrade procura em suas pesquisas sobre o candomblé.
Cameraman do filme foi o uruguaio Ernesto Gillman e contra-regra o paraense Eder Jofre Guimarães, outro morador de Praia da Pipa há mais de uma década. As filmagens na Fazenda Bom Jardim em Goianinha contaram com a presença especial do maquiador Amaro Lima.
O italiano Giovanni Palmerio filmou com uma handy-cam os bastidores de "Não é muito, mas é Mário" registrando todas as etapas da produção. Entre os muitos amigos e conhecidos que participaram das filmagens, ao assistir pela primeira vez à obra desaparecida, reconheci: Pablo Bracchi, Jorge Curvelo, os capoeiristas Jean e Pipaline, o pescador Carioca, João Doido e muitos outros... homens, mulheres, jovens... nativos, estrangeiros... queria, aliás, que quem se reconhecer no filme, dissesse pra mim, por favor.


O filme foi apresentado ao publico uma única vez no telão do Garagem Bar&Co na praia da Pipa. Depois disso um foi pra lá, outro acolá, o uruguaio voltou pra casa. E o tempo foi passando.
Alguns meses depois Eddy Polo, ingênuo como poucos do tamanho e idade dele, entregou a sua única cópia do filme para um conhecido seu, que a levou pro RJ e alí a perdeu. Quando Eddy me contou isso, inconformado com o acontecido, pelo e-mail comecei a procurar entrar em contato com Ernesto, que tinha outra cópia do filme. Nunca obtive resposta alguma.
"Não é muito... mas é foda!!" exclamamos ao uníssono Eddy e eu, quando hoje disse pra ele que o filme foi publicado na web como se fosse do próprio Ernesto.
Mas o prazer de assistir finalmente o curta foi bem maior que qualquer desgosto.
Assim Eddy me disse que brevemente pretende entrar em contato pessoalmente com Ernesto Gillman, para obter uma cópia do material original e poder finalmente realizar, como sempre quis, uma versão do curta-metragem de apenas um minuto de duração, para apresentá-lo no festival dedicado.
Vamos ver no que vai dar...

Leia mais sobre "Não é muito, mas é Mário" no website ECA13

O Cerbero de Eddy Polo continua sendo noticia

Vem aí uma nova matéria sobre o Cerbero de Eddy Polo, que apareceu ontem no Jornal do Commercio de Recife, assinada por Pedro Romero.

POMBOS – Uma escultura tem chamado a atenção de quem passa pela BR-232, em Pombos, Agreste pernambucano. Não são poucos os que param para tirar fotos ao lado da figura de um cão de três cabeças, todo em ferro, com cerca de três metros de comprimento e 800 quilos. A peça retrata Cérbero, criatura da mitologia que guardava a entrada do Hades, reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem, e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem. Da rodovia é possível ver enormes cavalos de madeira e outras esculturas feitas pelo artista Eddy Polo Lira, 46 anos, que vive e trabalha na Fazenda-ateliê Santa Clara.
A escultura do Cérbero foi feita há 12 anos e já ficou exposta no Recife e nas ruas da Praia de Pipa, no Rio Grande do Norte. “O interessante é que nenhum cavalo passa perto dele, eles se assustam”, diz Eddy Polo.
Uma das que se impressionaram com o Cérbero foi a empresária Samanta Cavalcanti, 38, moradora de Gravatá, na mesma região. “Passei por lá de madrugada com uns funcionários. Paramos o carro, batemos e chutamos a estátua. Só não jogamos fora porque era muito pesada. Pensei que era coisa do mal”, lembra. Mesmo depois de saber da relação da obra com a mitologia, a empresária evita olhar quando passa pelo local.
A maioria, entretanto, vê a estátua com bons olhos. É o caso do funcionário público Gildo Ribeiro, 32, que parou para tirar fotos dos filhos ao lado do Cérbero de ferro. “A escultura mostra a habilidade do artista com o material.” Para o motorista Josué Gomes de Andrade, 22, que mora nas proximidades, a obra provoca estranheza. “É bem feita e chama a atenção.”
O cachorro de três cabeças é uma das obras do artista. Dentro da fazenda, Eddy Polo trabalha, desde março, na construção de um cavalo em madeira de quase quatro metros de altura e 3,5 toneladas. “Será minha obra-prima, deve estar pronta em dois meses. Minhas obras são polêmicas, mas vou produzir o quê? santinhos?” Os trabalhos são feitos sob encomenda e, segundo o artista, os pedidos são muitos.
Uma das que se renderam ao talento de Eddy Polo foi a prefeita de Pombos, Jane Povão. No começo, ela fazia parte dos que queriam destruir a imagem. “Não é uma obra para se gostar, mas é interessante.”
A prefeita consolidou projetos de fazer um centro de artesanato às margens da BR-232 e construir “o maior abacaxi do mundo”, produto mais cultivado no município.

Eita, Eddy... você arranjou o maior abacaxi do mundo!!!
Cuidado, meu amigo...

domingo, 12 de julho de 2009

Satori em Vila Flor

A vida é o que é... e a gente precisa de vez em quando parar um momento, sentar à sombra de uma arvore e refletir sobre o caminho percorrido e as trajetórias futuras. Identificar nossas fraquezas e imprudências, com sabedoria e humildade, nos ajuda no árduo caminho da vida tanto quanto compreender idéias, raciocínios e necessidades das outras pessoas que vivem a contato com a gente; sem nenhuma analise psico-socio-cultural... só a compreensão.

Este fim de semana veio de Natal um amiguinho querido de minha filha, assim ela foi dormir na casa da mãe nesses dias.
Sábado acordei cedo e preparei o café. Botei na minha bolsa camuflada: notebook, filmadora, tripé, jaqueta impermeável e todas umas outras bugigangas; na geladeira de interessante só tinha uma meia dúzia de maças. Amarrei o tênis à bolsa, peguei meu chapéu de vaqueiro e a bengala de passeio e sai de casa.
Cabrita, nossa cadela, depois que voltei do sertão não me abandona um momento, praticamente. Durante minhas viagens eu a deixo livre aqui no jardim de casa e peço para o vigia da casa ao lado se ocupar dela. Mas ela não deve ter gostado muito de ficar sozinha ultimamente. Agora aonde eu vou, ela quer ir também... contudo eu gostaria mesmo que ficasse no jardim, cuidando do território e espantando os timbús.
Assim Cabrita me seguiu, quando desci a escada que dá na praia e comecei a caminhar pro Sul, e veio comigo. Com as calças enroladas à pescadora, o chapéu de palha e a bengala, devo ter parecido um tipo bem esquisito aos poucos banhistas que encontrei, todos de sunga e biquíni, cheirando a bronzeador.
Passei por baixo da casa de Bruno e caminhei por toda a praia dos Afogados como se estivesse passeando no meu jardim. Até a pedra do Moleque já vim muito à noite por estas bandas. Com a maré baixa, a lua ou as estrelas brilhando no céu, é um bonito passeio noturno, que faço sempre que posso com as cadelas.
Por baixo da pedra do Moleque tem muita areia nesta época e não precisa escalar a duna fofa para passar a ponta. Logo depois a atmosfera muda abruptamente. Depois da badalada praia "do Amor", com barzinhos, surfistas e gatinhas, vem a praia das Minas: frequentada só por poucos pescadores, é uma praia mais aberta e selvagem, onde o mar arrebenta na areia e nas pedras com violência. Nem pensar em tomar banho aqui. Quem nada neste mar agitado são dezenas de tartarugas, que vêm pôr seus ovos na areia da praia deserta.
Continuei caminhando e pensando em tantas coisas...
Terça passada, aos quarenta anos, Beto morreu: uma outra figura de uma Pipa que não existe quase mais foi embora; animadíssimo porta-estandarte do bloco Yahoo, seguiu a um ano de distancia o amigo Deepesh pra onde for que ambos estejam...
Minha vida dá reviravoltas imprevistas cada vez que fico um momento distraído... e quando eu dou fé, muitas vezes é como receber um soco bem forte na cara.
Mas aprendi a não ficar com raiva... aprendi a ser paciente e não ter reações inúteis, muitas vezes só apressadas e inconcludentes.
Cheguei assim caminhando por baixo do Chapadão e quando vi um casal de turistas subir a escada recortada na falésia, me perguntei: que faço? subo a falésia ou passo pelas pedras?
Não tive dúvidas: vou continuar pela praia, pensei... subir, descer, por que? A primeira passagem nas rochas foi fácil; deu para passar pro outro lado sem quase pisar nas pedras. Já no segundo rochedo, mais exposto à força das ondas, tive que seguir com o maior cuidado para não perder o equilíbrio e bater a bolsa com seu precioso conteúdo. Com a ajuda da bengala fiquei andando nas pedras maiores e secas, que resultam ser menos escorregadias.
Entre o segundo e o terceiro rochedo, corri para não ser molhado pelas ondas que iam batendo com violência, deixando apenas uma pequena porção de areia seca.
De cima de uma grande pedra, Cabrita me olhou com ar interrogativo, como pra dizer: por que estamos fazendo isso hoje?
Subi nas primeiras pedras do terceiro, último e maior rochedo da praia das Minas com a tranquilidade de quem sabe que o caminho está difícil, mas só se trata de pôr um pé atrás do outro e seguir com cuidado.
Escolhi as pedras com ponderação e fugi da fúria do mar. Quando cheguei a dobrar a ponta, estava já a uns cinco metros de altura, mas uma trilha, apenas acenada, me trouxe logo e sem perigo de volta na praia.
A partir daí só tem areia, areia e areia... até o rio de Sibaúma, quando os arrecifes do encontro das águas criam relaxantes piscinas naturais e inusitadas corredeiras, onde meninos de todas as idades ficam brincando. Comi uma maça andando.
De repente uma bicicleta passou ligeira ao meu lado, não chegando a me assustar, mas inesperada... Bora, Jack !! tá indo pra Sibaúma hoje?
È isso aì! respondi quando reconheci um surfista da Pipa, carregando seu equipamento de pesca. Beleza, mano?
A bicicleta não chegou a perder a velocidade. Ele apenas deixou de dar algumas pedaladas para permitir-nos esta breve troca de palavras e continuou pelo seu caminho.
Deixei a foz sinuosa do rio à minha esquerda e subi uma baixa duna, de onde continuei caminhando descalço até passar a ponte. Na sombra da palhoça, ao lado da porteira, descansei um pouco conversando com seu Zé, limpei os pés da areia e calcei meias e tênis.
Continuamos caminhando por mais uma meia-hora até o sítio de Jorge e chegamos em tempo para evitar o maior calor do dia.
Mesmo assim Cabrita já estava com um palmo de lingua pêndula.

Jorge está preste a inaugurar seu restaurante à beira-rio, por baixo de uma grande palhoça de carnaúba. A sua mulher-menina voltou pra casa da mãe faz alguns dias e ele está nervoso por isso. Mesmo assim me recebeu com simpatia e foi logo preparar nosso almoço: filé de badejo com alcaparras na manteiga e uma salada de batatas. Muito gostoso.
Os cachorros de Jorge, uma pitbull aparentemente mansa e um "golden retriever mignon", exilaram Cabrita por baixo de um guarda-sol de palha no gramado, de onde ela ficou me olhando apreensiva.
À tarde Jorge fez questão de mostrar-me todas as novidades e depois, sentados num banco rústico na margem do rio, ficamos trocando idéias por um pedaço.
Antes do crepúsculo subimos até a casa dele, uma palhoça menor, com um assoalho de 5m x 5m sobre uma palafita de troncos de carnaubeira.
Tomamos um café bem forte e comemos frutas e pão torrado, enquanto eu dei umas dicas quentes digitais pra ele, que comprou finalmente um computador novo.
Quando Jorge acendeu a tv, me despedi dele e desci até a grande palhoça; ali armei uma rede e deitei. Na pressa de sair de casa, de manhã, esqueci de trazer um livro comigo e assim fiquei sem nada pra ler. Acendi umas luzes e fiquei procurando por alguma revista ou um livro, mas só encontrei uma tabua da maré de 2008 do porto de Cabedelo/PB.
Voltei a apagar as luzes e, deitado na rede, tentei vislumbrar os olhinhos vermelhos dos pequenos jacarés típicos da região, que caçam à noite, mas não vi nada.
Em breve dormi.

Não senti frio nem fui aperreado pelas muriçocas. De madrugada percebi a chuva cair forte; me aboletei melhor na rede e continuei dormindo.
Às quatro e meia da manhã, quando começou a amanhecer o dia, acordei de novo e decidi me levantar. Preparei bastante café forte, com pouco açúcar, e tomei duas xícaras cheias. Estava caindo uma chuva rala e não parecia que quisesse parar.
Fui na pequena cabana entre as bananeiras e escolhi um caiaque e um remo do meu tamanho.
Fiquei na dúvida se levar comigo ou deixar a filmadora; preferi não correr riscos inúteis e fui embora assim mesmo... só com o chapéu de palha, as calças e uma camiseta...
No começo Cabrita quis seguir-me, pulando na vegetação da beirada, mas, quando entendeu que deveria mesmo nadar atrás de mim, se resignou a esperar-me, soltando uns uivos melancólicos.
Assim continuei a remontar o pequeno rio sozinho, num amanhecer preguiçoso e molhado. Remei por uns quilômetros num ritmo constante e tranquilo: o barulho das pás fendendo a água e marcando o tempo.
Cheguei à margem de um bosque e um chamado irresistível me convidou a parar e descer do caiaque...
Encostei perto de um tronco e lá amarrei a pequena embarcação. Descalço, fui andando com cuidado até uma grande arvore, que tombou de um lado e continuou crescendo com o tronco principal deitado. Caminhei no tronco, passei entre um galho e outro, até encontrar um lugar perfeito, onde sentar e ficar relativamente amparado da chuva. Aí o tempo parou e fiquei escutando as aves e os passarinhos cantarem enquanto meus pensamento fluíam leves.
Não é dificíl num momento como esse perceber si mesmo como uma partícula do universo.
Passou um tempão, que não sei quantificar. O céu continuou fechado e cinza: a chuva caindo, ora mais forte ora menos. De repente senti vontade de me levantar e voltei até o caiaque. Um bonito exemplar de garça-açu ficou me vigiando de cima de um toco. Desci o rio sem vogar... usando o remo apenas como leme.
Ainda de longe escutei a tv ligada e Jorge chamar seu funcionário: Neguinhooo! vem cá, rapaaaá!
Quando cheguei mais perto da grande palhoça à beira-rio, Cabrita me farejou e veio ao meu encontro no pequeno ancoradouro.



Nota: Satori, do japonês satoru, que significa literalmente "compreender", em termos psicológicos, está além dos confins do Eu. De um ponto de vista lógico é o vislumbrar da síntese da afirmação e da negação; em termos metafísicos é a intuição do ser como evoluir e o evoluir como ser.
O satori é o momento da iluminação na pratica do budismo zen, momento no qual a inteira experiência pessoal e cósmica é projetada num único instante, que porta à anulação consciente do sujeito, não derivada de uma renuncia ao mundo externo, mas da participação como ato puro.
Quando era adolescente, creio que foi com uns dezesseis anos ou pouco mais, li um pequeno livro de Jack Kerouac intitulado Satori in Paris, do qual agora nada me lembro senão o título mesmo.


sábado, 4 de julho de 2009

Expedição Araras Jucurutu [ vídeo]



Finalmente o vídeo com as primeiras imagens da Expedição Araras-Jucurutu-Araras, de 13 a 19 de novembro de 2008.
Todas as filmagens e duas fotografias são de Tito Rosemberg, enquanto a maioria das fotografias são de minha autoria, assim como as edições áudio e vídeo do curta-metragem.
Trilha sonora original de Kevin McLeod: "Matt's Blues". Thanx a lot, Kevin!
Em breve, considerada a fartura de material vídeo e fotográfico produzido por Tito, vou publicar uns outros curtas sobre essa expedição...

Obs. neste mesmo blog estou escrevendo o relato da aventura
clique aqui


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Brad, mais uma noite nas barricadas



Rebelião popular em Oaxaca, México, 2006. Quando os paramilitares dão um tiro de fuzil no peito de Brad Will, a câmera cai, mas continua gravando. Essa câmera passa de mão em mão, contando a história de Brad.
E um pouco desse movimento de movimentos conhecido como antiglobalização. Das ocupações urbanas em Nova York, a um piquete ecologista no Oregon, à batalha de Seattle, Praga, Quebec, Gênova, Quito, Oaxaca... Por trás da câmera estão os amigos de Brad que, como ele, se dedicam a mostrar o que não aparece na TV.

Filme: Brad, mais uma Noite nas Barricadas
Diretor: Miguel Bastos (VideoHackers)
Duração: 55min
Edição de Som: BNegão e Rodrigues
UF/Ano: RJ/2007

sábado, 9 de maio de 2009

Peixinhos da Pipa



Segundo os princípios da talassoterapia, ficar meio imerso na água morna e salgada de piscinas naturais, observando os peixinhos coloridos nadando pra cá e pra lá, é altamente benéfico para o ser humano, seja sob o perfil físico que psicológico.
Este breve vídeo é o teste de uma filmadora de esporte/aventura, subáquea até três metros de profundidade: a ATC2K da Oregon Scientific. A maquina tem acessórios para ser fixada no capacete, no guidão da bicicleta, na estrutura tubular do asadelta, ultraleve, qualquer coisa...
Tristemente a filmadora não tem uma boa qualidade vídeo; por baixo da água até que ficou legal, mas nas filmagens comuns as cores são muito inaturais !!!
O áudio é um mistério: existe um microfone embutito, mas captura o som muito mal... as vozes parecem chegar do além !!! eh eh eh
Mesmo assim publicamos uma seleção de imagens, acompanhadas por "Dirt Rodhes" de Kevin mcLeod, prolífico artista que permite o uso copyleft das suas produções musicais.

sábado, 2 de maio de 2009

Caminhada até o sangradouro


Quem ligou outro dia de Itajá foi Marcelo, um dos jovens que trabalha comigo ao projeto Igaruana. Ele telefonou para dizer que o rio Piranhas está já marcando os dois metros na parede do sangradouro, lá na barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a montante da cidade de Açu.
Ele disse também que está chovendo direto, seja de dia que à noite. A água já subiu até onde plantamos um coqueiro no ano passado e agora vamos ver se a muda já enraizou bem ou não...
Com tanta chuva nessa época, fiquei me lembrando de quando na primavera passada estava tudo seco.
No dia anterior à saida da expedição Araras-Jucurutu, à tarde do 12 de novembro de 2008, Tito e eu fomos esticar as pernas até o sangradouro da barragem ARG. Naquela época do ano, o rio fica bem abaixo do nível do paredão e o enorme rochedo que segue fica todo descoberto...
Assim fui procurar nas imagens da expedição e montei este breve vídeo.

Todas as fotografias são de Tito Rosemberg.

A trilha sonora é de Guilherme Primata: "Neandertal".
Thanx a lot, DJ Primata !

sábado, 18 de abril de 2009

Cibersalão.pipa


Realizar este breve vídeo que anuncia o 1º Cibersalão.pipa foi um desafio divertido pra mim. O conceito básico que determinou todo o resto foi a duração do curta: um minuto, nada mais, nada menos. No iutub ficou 1:01, como o quarto das torturas de orwelliana memória. O segundo conceito garantiu o estilo: imagens em preto e branco, escritas em vermelho.
Com isso na cabeça, comecei a pesquisar na rede sobre permacultura, bioconstrução, etc. e também a respeito de Richard Barbrook e o seu livro "Futuros imaginários", que a galera do descentro.org traduziu coletivamente.
Encontrei umas imagens bonitas e fiquei brincando um pouco no photoeditor para determinar o estilo do vídeo. Um retrato do escritor inglés, com um efeito de alto contraste, virou muito parecido ao icone guevaresco por todos conhecido. A capa do livro e um print screen do software de edição audio Ardour viraram plano de fundo de cenas de animação.
Pedi para ms. Tati Wells selecionar algumas boas citações do livro e escolhi as duas mais significativas, que inseri no curta.
A fotografia de uma casinha de taipa, também editada em alto contraste, foi muito útil seja como plano de fundo de uma cena que como imagem-manifesto.
A própria ms. Tati Wells, responsável pela organização do cibersalão, emprestou sua voz para a gravação da fala. O clipe audio final é o resultado de um longo trabalho de cortes e emendas !!! Quando o vídeo estava já publicado na web, tive que aprontar uma nova versão confirmando as mudanças no calendário das atividades. Eu mesmo acabei gravando uma breve fala, corrigindo as datas.
Para a trilha sonora me lembrei de um album reggae muito bom de Kevin McLeod, "Royalty free", que já usei para o documentário sobre o projeto "Uma janela para o mundo". Recortei um minuto exato da faixa "Easy Jam" e editei o volume para não interferir com as falas. Montei tudo e as coisas ficaram bem encaixadinhas...
Que sorte, hein ?!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

domingo, 12 de abril de 2009

My girls !

Meu primeiro pulp fiction, com uma boa dose de violência gratuita, mas sem sangue. Os tiros são só cinco, contudo se escutem bem doze vezes !!! Não sei se este curta-metragem tenha alguma moral; a história é simples: o mafioso cansado de aturar os peidos e as piadas dos seus dois capangas, que já o acompanham faz anos, chama para eliminá-los as "suas meninas"... daqui o título do curta ser my girls !!! Simbolico o grande tabulerio de xadrez como piso... a vida é um jogo, a vida em jogo, o grande jogo da vida !!! Não sei se alguem reparou, mas as casas desse tabulerio são ulteriormente divididas em quatro, à dimostração que a vida é muito mais complexa que qualquer partida de xadrez !!! eh eh eh O riff rock e copyleft da trilha sonora é da banda gaucha Misturantes (thanx a lot!) www.jamendo.com

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Documentário sobre o projeto "Leitura na praça"

Fundamentalmente a ideia é aproveitar da filmadora que Marcelo me emprestou para documentar as atividades do projeto "Leitura na praça" no domingo sucessivo à Pascoa, no distrito de Umari, município de Tibau do Sul, RN.
Na primeira cena do documentário se vê o carro usado pelo pessoal do "Leitura na Praça", um velho Toyota Bandeirante bem conservado, chegando na comunidade. O carro entra na cena bem pequenininho lá no fundo e chega a parar em primeiro plano. As filmagens acompanham as três mulheres que montam o teatrinho e organizam tudo¹; algumas imagens do lugar e da condição social ficam intercaladas às outras.
Durante o encontro com as crianças, oportunamente documentado², as três mulheres, uma por vez, sentam num lugar um pouco afastado do grupo, contudo visivel em segundo plano, e falam brevemente sobre o projeto. Os testemunhos de algumas crianças e adultos³ da comunidade serão recolhidos da mesma forma.
Terminadas as atividades, as mulheres juntam toda a parafernália no carro. Na última cena, uma das três mulheres, na janela do carro, diz: "Próximo domingo na praça de Sibaúma!", abanando a mão pra quem assiste o vídeo.


¹ As fases de montagem e desmontagem podem adquirir na edição vídeo uma velocidade superior à normal, o que confere às imagens um efeito interessante sobre a ação e o passar do tempo.

² Uma câmera fotográfica, procurando enquadraturas significativas, poderá ser de grande auxílio.

³ Sugestões por parte das três mulheres sobre quem entrevistar serão bem-vindas.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Meu pai (micro-clipe)

Micro-clipes são brevissimos curtas-metragens de 15/20 segundos que se resolvem com uma breve troca de falas entre os personagens, ou até com um lacônico monólogo. A ideia é fazer refletir sobre algum tema dando também uma risada. Às vezes são simples piadas, contudo nunca deixando de estimular quem assiste.

Imaginei, escrevi e realizei "Meu pai" sozinho; eu mesmo gravei também ambas as falas, do filho pianista e do pai punk. A trilha sonora foi extraida da faixa "Piano dreams" de Aqua Button.
A título de curiosidade quero dizer que no começo o jovem tocava a bateria que aparece na cena, mas, como estava sendo difícil realizar a sincronia da filmagem com uma outra faixa musical que tinha escolhido, acabei pondo o jovem tocando o pianoforte vertical.
eh eh eh

sexta-feira, 27 de março de 2009

Blecaute na Praia da Pipa !!!

Ontem à noite estava começando a preparar o jantar quando faltou luz. Noite sem lua, escuridão total!
Quando faltar energia, se tiver um telefone por perto, ligue logo para a cosern, sem esperar que alguem outro o faça. Esta é uma regra não escrita que vale entre os antigos moradores da Pipa. Ontem eu fui o primeiro a telefonar e registrar a ocorrência.
Eram às 8:00h da noite. O blecaute não foi total: só ficou às escuras essa banda da Pipa que vem da igreja pra cá e segue até a pousada de Bruno na praia e soube o morro até a casa de Tito.
A mulher que atendeu minha ligação disse que em máximo duas horas a situação ia ser normalizada. Simpaticamente, eu quis acrescentar: "Tomara que não demorem muito, pois estamos no breu absoluto!", mas um impessoal "Mais alguma coisa? A cosern agradece", conforme o manual, concluiu a ligação, quando um "Pô, velho! vc tem razão: vou botar pilha no pessoal!" teria me dado um verdadeiro conforto.
Jantei à luz de vela com minha filha e depois deitamos na rede em varanda, para apreciar a brisa noturna. Iluminando o livro com minha lampada de cabeça, tão útil em casa como nas minhas expedições em canoa, li umas histórias para a pequena MaLu, mas o balanço da rede foi fatal e logo mais dormimos ambos, antes das duas horas passarem e a luz voltar.
Na madrugada acordei (não sei que diabo de hora fosse, pois no escuro nem pensei em procurar o relogio) e constatei que a energia não tinha ainda voltado. Botei minha filha na cama e voltei pra rede. Acordei às 6:30h, feliz de ter dormido mais de oito horas, como raramente me acontece. A luz não tinha ainda voltado e à essa hora comecei a ficar preocupado com os alimentos contidos na geladeira.
Às 7h liguei de novo para a companhia eletrica e quem me atendeu disse que o problema estava já resolvido segundo o Sistema.
Belo sistema !!!
Assim foi aberta outra ocorrência com mais duas horas como margem de tempo para o atendimento in loco. Às 8:30h, voltando em casa após ter levado a pequena pra escola, telefonei de novo. Depois disso, para não ficar nervoso por nada, fui pra praia fazer talassoterapia. A picape da cosern apareceu só por volta das 10:30h e a energia eletrica voltou na minha casa às 10:57h (segundo os relogios do pessoal da companhia); 15 horas depois ter faltado !!!
O prejuizo não foi tão grande: joguei fora um filé de peixe e quatro iogurtes destinados à minha filha, para não correr o risco de uma antipatica dor de barriga. O resto se conservou bem. Perdi um dia de trabalho! Mas desde quando isso se considera prejuizo?! eh eh eh
Como todo mundo deve já saber que sou um cabra chato, um funcionário da cosern até ligou pra mim no telefone para saber se na minha casa estava tudo ok. Eu disse que sim e pedi para ele uma explicação: como a companhia eletrica pode deixar a avenida beira-mar do segundo destino turistico do Estado sem energia por 15 horas ??
Ele não soube o que responder.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ô, tubarão malandro...

Pois foi com maravilha que outro dia vi passar o meu mural numa tv no meio da rua, aqui na Pipa, claro. A tv em questão fica na frente da agência imobiliar do sr. Lula, na Av. Baia dos Golfinhos, ao lado da banca de revistas, e transmite sem parar um vídeo promocional sobre Pipa e os emprendimentos dele.
Nesse vídeo, muito bem bolado inclusive, têm nativo falando, e donos de pousada e restaurante, turistas, crianças... têm muitas imagens bonitas e muita conversa fiada, sobre a qual não quero nem comentar !!!
E de repente, assim inesperados, apareceram os dois tubarões que pintei no meu último mural; um trabalho para lançar uma mensagem social, que realizei com a ajuda do amigo Pepo no fevereiro de 2008, no paredão da ladeira que desce da praça à praia.
Ainda sem acreditar no que estava assistindo, vi aparecer pouco depois na tela também o surfista e a sereia, que fazem parte do mesmo mural, no qual representam o estupor e a indignação da comunidade diante tanta especulação imobiliar. A mensagem que fica ao lado dos dois tubarões ( Compro, construo e vendo !!! ) naturalmente não apareceu no vídeo.
Fiquei boquiaberto no meio da rua e fui embora sem saber o que pensar...

Alguns meses atrás outro "tubarão", um sueco que já foi cliente do meu restaurante, ficou ofendido pelo teor do meu mural e decidiu não me cumprimentar mais quando nos encontramos. Depois que eu soube disso, dou sempre uma gran risada ao cruzá-lo na rua ou na praia !!!

Mas o sr. Lula, construtor de condomínios, me maravilhou com a grande capacidade de aproveitar tudo da forma melhor; ele soube recortar com perícia cirurgíca de um mural contra a especulação imobiliar duas bonitas imagens, que pôs no vídeo promocional do próprio emprendimento !!! Putz...
Ai da Pipa, com tanto tubarão malandro !!!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Operação Cerbero - último capitulo

Após inumeras semanas sem nenhum passo à frente, finalmente uma série de acontecimentos decisivos levaram a sub-operação "Rabo do Cerbero" à solução do caso.
Depois que Eddy Polo conseguiu resgatar o seu cachorro infernal de três cabeças da frente da chacará do sr. Thadeu, notório fotografo e grand-chef de fama internacional, quem ficou responsável pela recuperação do rabo da estatua fui eu mesmo.
Eu mesmo, cyber-cowboy, cyber-buda e chefe de expedições em canoa, que me ofereci voluntário de correr atrás desse rabo, que destacou-se do corpo do cão de ferro durante as operações de carga (ou descarga ?!?) numa penúltima mudança do feroz animal.
Comecei assim, naquele ritmo característico da Pipa, que é muito lento, minha investigação, visitando alguns amigos de Eddy e os relativos quintais. Mas até o dezembro passado nenhum vestígio do tal rabo...
De repente uma intensa troca de mensagens pelo email levou ms. Tati Wells, notável jornalista da hipermídia, vegana e cyber-feminista, a procurar ulteriormente no próprio quintal e assim encontrar numa moita, totalmente esquecido, o rabo do cerbero de Eddy Polo: uma série de segmentos de canos de varios diametros e tamanhos, soldados toscamente e cobertos por uma espessa camada de ferrugem...
No mesmo dia em que ms. Tati me escreveu anunciando a descoberta, um dia antes do meu aniversário, eu estava viajando com minha filha para passar mais de um mês longe da Pipa !!
Quando retornamos à Pipa, perto da volta às aulas da pequena MaLu, ms. Tati estava no Rio de Janeiro e, após ter dado um rápido pulo na Pipa, foi pra Jamaica ( uau!! ). Foi assim que, só quando ela voltou, já deve fazer uma semana, eu fui na casa dela e carreguei para a minha casa o pesado rabo enferrujado...
Hoje, pela manhã, acordei bem cedinho e embrulhei a peça de ferro com papel pardo e uma dupla camada de durex largo. Vou pro Recife mais tarde para resolver outro assunto e, aproveitando da ida, vou me encontrar com Eddy Polo e entregar a peça que rapidamente, como ele mesmo disse, será soldada de volta no lugar certo !!!
eh eh eh

quarta-feira, 18 de março de 2009

Here it is... here you are ! ( Aqui está ! )


Esta é a versão legendada em inglês para quem
não entende o português... eh eh eh

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aqui está ! (o filme)

Um breve curta-metragem que representa aquela velha história de sempre: na rede desse pescador só cai peixe pequeno !!!
Um obrigado sincero aos amigos Joel, Rafael, Chico, Tatiana, Christian, Damaso e Eder que emprestaram a própria voz para dar vida aos oito personagens desta historinha. Valeu !
Para a trilha sonora encontrei no site www.jamendo.com o excelente "Duas e meia Blues" de Guilherme Primata, que parece foi escrito mesmo para isso. Um grande obrigado a Guilherme, também.
Uma última coisa:
Fatos e personagens são puramente imaginários !!! eh eh eh