sábado, 12 de janeiro de 2008

Uma pequena viagem - parte 1

Afinal conseguimos organizar-nos para viajar uns dias antes que comecem as aulas para Marina Luna. Talvez Sobelysse consiga tirar dois dias de férias e alcançar-nos. No começo a gente considerou a hipótese de ir acampar em algum canto, com barraca e tudo o resto. Marina Luna se empolgou escutando-me contar-lhe as historias das viagens que fiz quando era bem jovem... com barraca, saco de dormir, em moto, trem, carona, a pés, de bicicleta; a gente anda lendo e relendo quase todo dia um livro em italiano do book shop sobre acampamento, viagens etcetera... nesse livro tem cada coisa!!! Eddy Pólo lembrou pra gente que o irmão dele tem um camping/colônia de férias no interior de Minas Gerais, mas eu achei muito longe chegar até lá. No entanto acabamos saindo sem saber bem para onde ir... a idéia é curtir um pouco a natureza num canto diferente do nosso pedacinho de paraíso na praia. Eu gostaria dum pouco de aventura, feito assim, sei lá, uma excursão de canoa num rio ou um açude; caminhar por umas trilhas para ver inscrições rupestres antiguíssimas. Falei com Ferreira que montou uma pousada na beira do açude Gargalheiras em Acari; ali ele tem umas canoas e no website da pousada li a descrição de umas trilhas bem interessantes na região... Ferreira não sabe se vai abrir a pousada nessa época, pois para ele agora ali é baixa temporada. Ele vai pra pousada só se um grupo de não sei de aonde confirmar a reserva. Terça feira à tarde saímos de Pipa com o ônibus das 15:20h e chegamos em Natal só por volta das 5 horas. Pesquisamos os preços das maquinas fotográficas no shopping e depois fomos pro centro, mas todas as lojas já estavam fechando. Demoramos muito para sair de Pipa e chegamos em Natal muito tarde. Decidimos assim de dormir em Natal e comprar a maquina fotográfica e viajar pro sertão só na manhã seguinte. Pensei em pedir hospedagem por uma noite para Dante, assim fomos na Ribeira e descobrimos que a pizzaria dele está fechada no janeiro. Assim me lembrei do convite de Paolo para dispor da sua hospitalidade e liguei pra ele. Em Ponta Negra jantamos num restaurante popular e fomos dormir na casa de Paolo. Quarta de manhã pesquisamos mais um pouco os preços das câmaras fotográficas e acabamos comprando nossa “cybershot” numa loja na av. Rio Branco. Desde o nascimento de Marina Luna eu queria comprar uma maquina dessa e só agora conseguimos. Visitamos também todos os sebos do centro procurando o livro de Olavo de Medeiros sobre os fenícios e encontramos o livro [não à venda] no Instituto Histórico e Geográfico do RN. Assim como Castelo Branco no seu “Pré-história do Brasil”, Medeiros acha delirantes algumas afirmações de Schwennhagen, que também a meu parecer forçou um pouco para convalidar sua teoria. As nossas malas estão um pouco pesadas; a gente precisa se organizar para carregar só as coisas essenciais. Ontem Marina Luna acabou perdendo seu bichinho de pelúcia branco... esquecido no ônibus ou no shopping! Ás 2:00h da tarde finalmente pegamos o ônibus para Acari aonde Angelina vai nos hospedar. A pousada dela também está fechada na baixa temporada e abre só em alguns fim de semanas. Quando chegamos em Acari estava começando a escurecer. Liguei pra Angelina, compramos umas coisinhas no mercadinho e de moto-taxi fomos pra prainha; ali ela estava nos esperando com o barquinho a motor para atravessar o açude. A casa no sitio de Angelina e Christian é simples, mas aconchegante. Marina Luna fez logo amizade com Sara e ficaram brincando. Tomamos um banho regenerante, jantamos e fomos olhar as estrelas cadentes deitados num rochedo perto da casa. Deitados na rede, li pra Malu todas as historinhas do gibi que compramos no sebo. Eu fiquei acordado até meia-noite e meia esperando a bateria da câmara carregar, depois dormi também. Um ventinho constante me balançou na rede a noite inteira. Sexta feira acordamos às 7:00h da manhã; Marina Luna foi pescar no tanque com Sara e eu testei a conexão da Internet, mas não encontrei sinal nenhum. Às 10:00h atravessamos de barco o açude e voltamos do outro lado. Numa barraca de praia comemos isca de peixe e bebemos água de coco. Logo que chegamos no Bistrô de Angelina, Marina Luna conheceu e fez amizade com Samuel, 6 anos, que mora ao lado da pousada. No banheiro do nosso quarto tem uma caixa d’água feito banheira. Que beleza! Com Christian fomos de buggy na cidade, almoçamos e comemos sorvete num self-service, compramos mais umas coisinhas [fruta, biscoito, espaguete, etc.] no mercadinho da praça e voltamos para Gargalheiras. Às 5:00h Angelina e Christian voltaram pro sitio de barco para cuidar dos animais; Marina Luna e eu ficamos sozinhos na pousada. Num único cantinho da área descobri um sinal fraco de Internet que deixa você [armado de bastante paciência] enviar umas mensagens e nada mais. Tentei me comunicar com Sobelysse pelo skype, mas não consegui; ao contrário consegui trocar umas mensagens com Giovanni, assim penso que o skype de Sosó esteja mal configurado. Para o jantar preparei um prato de espaguete que Marina Luna comeu já fechando os olhos de sono. Marina Luna cansada dormiu não apenas deitou na cama; na rede, eu ainda li um pouco e depois dormi também. Hoje Marina Luna acordou muito cedo [às cinco e meia da manhã] e ficou tirando fotografias no jardim até eu não levantar. Às oito horas chegou Angelina e tomamos o café da manhã. Hoje vamos tentar arrumar um caiaque para dar uma volta no açude remando.