segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
Biblioteca de Sibaúma tem nova sede
A bibliotequinha na vila de Sibaúma do projeto Leitura na Praça, coordenado e executado pela potiguar Marisé Silva de Assis e a portuguesa Sandra Almeida, tem uma nova sede. Ontem, sábado 4 de dezembro, as duas mulheres, na presença de colaboradores, amigos e muitas crianças, inauguraram a nova sede, que na semana passada foi reformada, adaptada e pintada.
Marisé, responsável da maioria das atividades em Sibaúma, confirmou sua boa vontade de continuar a abrir a biblioteca ao público três vezes por semana.
São sempre bem-vindas doações de bons livros, material de papelaria (papel A4 branco, lapis comuns e coloridos, etc...) e também é bom um dinheirinho mesmo para custear as passagens de ida e volta do trasporte.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Rude
terça-feira, 23 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Marco Polo na Pipa
Hoje acordei muito cedo e dormi de novo na rede; assim quem me despertou mesmo afinal foi Abimael Silva do Sebo Vermelho, de jornada na Pipa com o "mitico" Marco Polo, que vai lançar durante o festival literário o livro fotográfico "Pipa através do Tempo".
Eles estão à procura de umas últimas imagens boas da Praia de Pipa e das "figuraças" locais que vão fazer parte do livro.
Conversei com Abimael sobre as atividades que estamos coordenando e ele sugeriu que a gente organizasse a leitura de uma seleção das "Cartas da Praia" de Helio Galvão. eh eh eh...
Renovamos a vontade comum de criar eventos alternativos ao flipipa, antes, durante e depois.
Vamos fazer coisas...
Eles estão à procura de umas últimas imagens boas da Praia de Pipa e das "figuraças" locais que vão fazer parte do livro.
Conversei com Abimael sobre as atividades que estamos coordenando e ele sugeriu que a gente organizasse a leitura de uma seleção das "Cartas da Praia" de Helio Galvão. eh eh eh...
Renovamos a vontade comum de criar eventos alternativos ao flipipa, antes, durante e depois.
Vamos fazer coisas...
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
FlipAut 2010 - Encontros preparatorios
Interessados em participar, colaborar, apoiar etc. entrem logo em contato conosco pelo email: flipaut @eca13.org
Sigam o blog FlipAut! 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Zé Preto - Sempre fui um pescador
1ª cena - Noite à beira-rio. O galo canta, o dia amanhece. Zé Preto desce até o berço-d'água, sobe numa canoa e remando se afasta da margem em direção de um serrote no meio do rio.
(A trilha sonora desta cena pode ser o mesmo Zé Preto cantarolando)
2ª cena - Visão panoramica do rio Piranhas com a canoa de Zé Preto já apoitada perto do serrote. Esta cena dura apenas poucos segundos, pois apenas serve para situar a personagem no lugar.
3ª cena - Zé Preto dentro da canoa, filmado da proa da embarcação, fala a frase que dá o titulo ao filme: "Sempre fui um pescador. Desdé etc..."
4ª cena - A canoa retorna pra margem do rio e Zé Preto volta pra casa levando os peixes que pescou.
5ª cena - Sentado na sombra do imbuzeiro, Zé Preto conta fatos e "causos" da própria existencia. No conteudo dessas memórias aparecem temas interessantes: nomadismo por adaptação às situações adversas, mudanças à procura de lugares de pesca abundante; identidade indigena esquecida, etc...
6ª cena - Na frente da casa de taipa estão sentados Zé Preto e a mulher, Dona Santa. Aos poucos aparecem na cena, saindo da porta de casa, ou vindo do beco ou da rua, os filhos, os sobrinhos, os netos, e todo o parentesco; se posicionam, ficam em pé, sentam nuns banquinhos que carregam consigo, se agacham, se sentam no chão, etc... Quando todo o pessoal entrou na cena, a camera dá um zoom lento até enquadrar só Zé Preto e Dona Santa. A imagem se trasforma num retrato fotografico de cor sepia. Começa a trilha sonora final. Dissolvencia e creditos.
A trilha sonora final pode ser cantada por Nonato, filho de Zé Preto: uma nota canção popular nordestina, reinterpretada com a voz do "Tom Waits do sertão".
Quando os creditos terminarem e a trilha sonora parar, a tela fica preta por alguns segundos, depois aparece uma seleção de breve filmagens de making of e/ou da vida quotidiana dentro da casa de taipa.
(A trilha sonora desta cena pode ser o mesmo Zé Preto cantarolando)
2ª cena - Visão panoramica do rio Piranhas com a canoa de Zé Preto já apoitada perto do serrote. Esta cena dura apenas poucos segundos, pois apenas serve para situar a personagem no lugar.
3ª cena - Zé Preto dentro da canoa, filmado da proa da embarcação, fala a frase que dá o titulo ao filme: "Sempre fui um pescador. Desdé etc..."
4ª cena - A canoa retorna pra margem do rio e Zé Preto volta pra casa levando os peixes que pescou.
5ª cena - Sentado na sombra do imbuzeiro, Zé Preto conta fatos e "causos" da própria existencia. No conteudo dessas memórias aparecem temas interessantes: nomadismo por adaptação às situações adversas, mudanças à procura de lugares de pesca abundante; identidade indigena esquecida, etc...
6ª cena - Na frente da casa de taipa estão sentados Zé Preto e a mulher, Dona Santa. Aos poucos aparecem na cena, saindo da porta de casa, ou vindo do beco ou da rua, os filhos, os sobrinhos, os netos, e todo o parentesco; se posicionam, ficam em pé, sentam nuns banquinhos que carregam consigo, se agacham, se sentam no chão, etc... Quando todo o pessoal entrou na cena, a camera dá um zoom lento até enquadrar só Zé Preto e Dona Santa. A imagem se trasforma num retrato fotografico de cor sepia. Começa a trilha sonora final. Dissolvencia e creditos.
A trilha sonora final pode ser cantada por Nonato, filho de Zé Preto: uma nota canção popular nordestina, reinterpretada com a voz do "Tom Waits do sertão".
Quando os creditos terminarem e a trilha sonora parar, a tela fica preta por alguns segundos, depois aparece uma seleção de breve filmagens de making of e/ou da vida quotidiana dentro da casa de taipa.
domingo, 10 de outubro de 2010
Festival literário Alternativo de Praia da Pipa
domingo, 3 de outubro de 2010
Elsendon forever
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
O córrego fantasma e o equinócio de primavera
20 de setembro de 2010
Acordei cedo para terminar de arrumar todas as coisas. Fui me despedir de Marina Luna que vai passar esses dias com a mãe e deixei com elas a cadela Biriba e minha bicicleta emprestada, para ir e voltar da escola. Um pulo na Internet e depois Kombi para Goianinha (onde encontrei Josiene) e ônibus para o Posto Dudu em Parnamirim. Lanche (coxinha, café e suco) esperando o expresso para Mossoró das 2h. No meio do caminho, pouco antes de Lajes, estourou um pneu do ônibus, assustando todo mundo com o estrondo, mas nada de grave. Só uma breve parada para trocar o pneu e a viagem continuou. Do trevo de Itajá na BR304 até o Mercado Padre Cicero dessa vez fui de moto-taxi, por que tinha muita bagagem. Como sempre, depois ter feito as compras, a picape das entregas me levou pra casa junto com a mercadoria. Logo que cheguei em casa, guardei as compras na geladeira e passei très vezes a vassoura no piso, antes de tirar os lençóis que cobrem os moveis e os livros nas prateleiras. Primeiros apareceram os meninos Mateus, Maria Clara e Bruna para dar-me o bem-vindo; depois vieram Marcelo e uns outros rapazes da vila para saber as novidades. Armei a rede, comi pão com mortadela e queijo coalho, lendo uma pequena publicação do prof.Juvandi sobre pré-história na Paraiba. Comi também um pacote de "raivinha" antes de adormecer.
21 de setembro de 2010 - Expedição Equinócio de Primavera
Acordei bem cedinho, mas fiquei preguiçoso na rede até às 7h, quando escutei o barulho da água chegando no tanque. Preparei e tomei duas xícaras de café e depois fui tomar um bom banho, aproveitando ao mesmo tempo para lavar o banheiro e regar o pé de acerola logo lá fora. Trepado no umbuzeiro, vi passar Valdo e o pai, Tico, voltando da pesca com o barquinho a motor. Acenei para eles e pouco depois Valdo apareceu em casa com a estrovenga amolada; marcamos para encontrar-nos em uma hora, quando ele voltar do Itajá. Pouco depois das 8h Marcelo chegou e puxamos todas as canoas fora da casa de taipa, que transformei em oficina/estalagem, para fazer manutenção. Enquanto eu fiz os consertos necessários, Marcelo foi limpando e lavando as canoas. Quando Valdo chegou fizemos uma reunião "Igaruana" sobre segurança e outros assuntos importantes dos quais não me canso de voltar a falar cada vez que for necessário. Valdo ficou responsavel de limpar o terreno da frente e de tras de todo o plastico presente na área. Eu e Marcelo começamos a arrumar toda a tralha para nossa breve expedição. Cozinhei um quilo de feijão verde e um bocadinho de cuscuz para ter uns alimentos já prontos. Tomei mais duas xícaras de café e comi duas bananas. À 1h da tarde descemos com a canoa até o berço-d'água e carregamos nela todo o equipamento. Zarpamos do Sítio Araras à 1h30'. Desde logo encaramos um vento SE meio atravessado que nos atrapalhou um pouco. Mesmo assim decidimos encurtar o caminho e apontei a canoa direto pro Estreito da Ilha da Caixa, remando bem no meio do rio, sem passar perto da Itatinga ou da Ilha E. Ao passar o estreito, fizemos uma pausa para comer uns biscoitos. Sempre com o vento soprando atravessado, agora já formando umas marolas, continuamos a remar sem parar até o pôr-do-sol, opondo ao vento o esforço de ambos os remos no mesmo lado da canoa. Mais perto do lado selvagem desse trecho do rio, vimos muitos paturis e Marcelo avistou por uns breves instantes uma jaguatirica se movendo entre as juremas sem folhas. Às 5h45' chegamos numa ilhota onde já paramos só pra conhecer e lembrar que é um bom lugar para acampar e descarregamos toda a tralha da canoa. No GPS marcamos a ilha como Campo N, na frente de São Rafael, mas a 1,6km de distancia, relativamente perto à outra margem do rio. Percorremos segundo o GPS 16km em 4 horas, um bom tempo com aquele vento desfavorável. Quando o sol desapareceu no horizonte, a lua já estava alta no céu. Acendemos uma pequena fogueira e comemos peito de frango na grelha (sal e cominho) com feijão verde e cuscuz temperado com tomate, cebola e coentro. Deitado na rede escrevi minhas anotações enquanto Marcelo já dormia e o vento continuava soprando sem parar.
22 de setembro de 2010 - O córrego fantasma
O vento SE continuou soprando a noite inteira, parecendo às vezes que alguém quisesse me acordar balançando a rede com força. Acordei às 5h e logo acendi o fogo para preparar o café. Pouco depois levantou Marcelo também e começamos a organizar as coisas. Como café-da-manhã comemos frutas e cuscuz com ovos, tomando suco e café. Sempre com o vento contrario meio atravessado, remamos até às 8h15' quando dobramos à nossa direita e continuamos em direção à ilha Timbauba. Quando chegamos lá conhecemos "seu" Francisco, um ancião morador do Sítio Mutamba, que estava plantando capim na vazante. Perguntei-lhe sobre o corrego que a gente procurou tanto durante a 1ª Expedição Itacoatiara (com Marina Luna, em julho de 2009), quando Nil nos contou que remontando esse curso d'água dá pra chegar perto de uma caverna que os antigos caçadores da região usavam para arranchar. Aproveitamos dessa parada também para lanchar com biscoitos e suco. Segundo as indicações de seu Francisco chegamos num bonito recanto com muitas arvore de carnaúba. Um morador do lugar nos disse que acolá se chama Olho-d'água e que o lugar que nos estamos procurando se chama Malhada-d'areia. Assim nos deu outras indicações para chegar ao "córrego fantasma", como já o rebatizamos. Remamos, remamos, prestando a maior atenção em eventuais entradas escondidas, mas não encontramos algum sinal do córrego em questão. Às 11h30' chegamos numa ilhota no meio da qual existe uma grande aroeira e ali decidi parar para preparar o almoço. Acendi o fogo entre umas pedras e preparei frango na manteiga com cominho, alho e coentro. Como acompanhamento: arroz da terra, feijão verde e salada de tomate, cebola e cenoura. Depois do almoço Marcelo foi lavar a louça e eu preparei um litro de café que fui tomando ao longo da tarde. Marcelo trepou na arvore e conseguiu encontrar uma posição para ficar deitado sem cair facilmente. Na quietude da tarde quente, passei um tempinho pensando na real localização desse córrego, no desencontro com nosso guia local Antonio alguns meses atras e na dificuldade de visitar a tal caverna. Alguns pica-paus vieram pular de galho em galho na sombra da aroeira e me trouxeram de volta à realidade. Deixamos o rancho (no GPS: Aroeira2) por volta das 3h e fomos remando de volta até a ilha Timbauba, onde estava pensando de acampar para assistir ao por-do-sol e o nascer da lua cheia do alto do penhasco, mas encontramos no mesmo canto onde a gente costuma parar alguns pescadores já arranchados para passar a noite. No meio do caminho vimos um grande numero de garças-açu que, em cima de um rochedo, ficavam esperando a hora certa para voar, mergulhar o bico na água e pescar um peixe. Já sentado na canoinha dele, encontramos seu Francisco, pescando entre as tantas pedras ao redor da Timbauba. Remamos por mais uma hora e nos acampamos por baixo da aroeira do Sítio Mutamba (GPS: Campo M/Aroeira). Acendi a fogueira entre umas pedras e assistimos ao por-do-sol dum lado e o nascer da lua do outro. Preparei o café e comemos sanduiches de pão integral com mortadela, fatias de tomate e queijo coalho. Um morador do Sítio Mutamba, seu Josimar, veio soltar um cavalo amarrado numa estaca e nos convidou para ir dormir na casa dele. Já deitado na rede, mais tarde, vi chegar na aroeira umas tantas corujas, que pularam de galho em galho, brilhando no clarão lunar como fossem de prata.
23 de setembro de 2010
Enquanto a gente estava dormindo nas redes armadas por baixo da aroeira, um burro e um cavalo vieram visitar-nos. O burrico atacou a caixa dos alimentos, mas não fez muito estrago. Mastigou, sem nem conseguir comer, um meio pacote de pão de forma integral, no próprio saco de plástico, e acabou comendo o papelão da bandeja dos ovos, sem quebrar nenhum deles. O cavalo foi cheirar o cabelo de Marcelo, que acordou assustado com o cabeção do animal bem pertinho dele e pulou da rede para botar os dois intrusos pra correr. Eu continuei dormindo sem saber de nada até não acordar de manhã. Ventou muito também nessa madrugada, praticamente sem parar. Às 7h tomamos um café-da-manhã reforçado e às 8h15' zarpamos do Sítio Mutamba, finalmente sem vento contrario. Remamos sem parar até às 11h quando chegamos perto da torre da igreja da antiga cidade de São Rafael. Com o nível do rio tão baixo, um bom pedaço da torre fica por fora d'água. De repente o ventou parou geral e a temperatura ambiente subiu sensivelmente. Encostamos à margem perto da Prainha para fazer um lanche (Marcelo) e tomar um banho refrescante (eu). Recomeçamos a remar e não paramos até chegar à Itatinga, onde acendi o fogo e preparei o almoço. Depois de comer, descansamos um pedaço na sombra de uma grande arvore encostada no rochedo que cria a área abrigada por baixo da Itatinga. Dezenas de passarinhos vieram pular de galho em galho: rolinhas, pica-paus, beija-flores... para alegrar nossa estadia. Marcelo lavou a louça e eu fiz o café. Depois voltamos a remar até não chegar na baia abrigada do Sítio Araras, onde está meu pé de cajarana no sertão.
Acordei cedo para terminar de arrumar todas as coisas. Fui me despedir de Marina Luna que vai passar esses dias com a mãe e deixei com elas a cadela Biriba e minha bicicleta emprestada, para ir e voltar da escola. Um pulo na Internet e depois Kombi para Goianinha (onde encontrei Josiene) e ônibus para o Posto Dudu em Parnamirim. Lanche (coxinha, café e suco) esperando o expresso para Mossoró das 2h. No meio do caminho, pouco antes de Lajes, estourou um pneu do ônibus, assustando todo mundo com o estrondo, mas nada de grave. Só uma breve parada para trocar o pneu e a viagem continuou. Do trevo de Itajá na BR304 até o Mercado Padre Cicero dessa vez fui de moto-taxi, por que tinha muita bagagem. Como sempre, depois ter feito as compras, a picape das entregas me levou pra casa junto com a mercadoria. Logo que cheguei em casa, guardei as compras na geladeira e passei très vezes a vassoura no piso, antes de tirar os lençóis que cobrem os moveis e os livros nas prateleiras. Primeiros apareceram os meninos Mateus, Maria Clara e Bruna para dar-me o bem-vindo; depois vieram Marcelo e uns outros rapazes da vila para saber as novidades. Armei a rede, comi pão com mortadela e queijo coalho, lendo uma pequena publicação do prof.Juvandi sobre pré-história na Paraiba. Comi também um pacote de "raivinha" antes de adormecer.
21 de setembro de 2010 - Expedição Equinócio de Primavera
Acordei bem cedinho, mas fiquei preguiçoso na rede até às 7h, quando escutei o barulho da água chegando no tanque. Preparei e tomei duas xícaras de café e depois fui tomar um bom banho, aproveitando ao mesmo tempo para lavar o banheiro e regar o pé de acerola logo lá fora. Trepado no umbuzeiro, vi passar Valdo e o pai, Tico, voltando da pesca com o barquinho a motor. Acenei para eles e pouco depois Valdo apareceu em casa com a estrovenga amolada; marcamos para encontrar-nos em uma hora, quando ele voltar do Itajá. Pouco depois das 8h Marcelo chegou e puxamos todas as canoas fora da casa de taipa, que transformei em oficina/estalagem, para fazer manutenção. Enquanto eu fiz os consertos necessários, Marcelo foi limpando e lavando as canoas. Quando Valdo chegou fizemos uma reunião "Igaruana" sobre segurança e outros assuntos importantes dos quais não me canso de voltar a falar cada vez que for necessário. Valdo ficou responsavel de limpar o terreno da frente e de tras de todo o plastico presente na área. Eu e Marcelo começamos a arrumar toda a tralha para nossa breve expedição. Cozinhei um quilo de feijão verde e um bocadinho de cuscuz para ter uns alimentos já prontos. Tomei mais duas xícaras de café e comi duas bananas. À 1h da tarde descemos com a canoa até o berço-d'água e carregamos nela todo o equipamento. Zarpamos do Sítio Araras à 1h30'. Desde logo encaramos um vento SE meio atravessado que nos atrapalhou um pouco. Mesmo assim decidimos encurtar o caminho e apontei a canoa direto pro Estreito da Ilha da Caixa, remando bem no meio do rio, sem passar perto da Itatinga ou da Ilha E. Ao passar o estreito, fizemos uma pausa para comer uns biscoitos. Sempre com o vento soprando atravessado, agora já formando umas marolas, continuamos a remar sem parar até o pôr-do-sol, opondo ao vento o esforço de ambos os remos no mesmo lado da canoa. Mais perto do lado selvagem desse trecho do rio, vimos muitos paturis e Marcelo avistou por uns breves instantes uma jaguatirica se movendo entre as juremas sem folhas. Às 5h45' chegamos numa ilhota onde já paramos só pra conhecer e lembrar que é um bom lugar para acampar e descarregamos toda a tralha da canoa. No GPS marcamos a ilha como Campo N, na frente de São Rafael, mas a 1,6km de distancia, relativamente perto à outra margem do rio. Percorremos segundo o GPS 16km em 4 horas, um bom tempo com aquele vento desfavorável. Quando o sol desapareceu no horizonte, a lua já estava alta no céu. Acendemos uma pequena fogueira e comemos peito de frango na grelha (sal e cominho) com feijão verde e cuscuz temperado com tomate, cebola e coentro. Deitado na rede escrevi minhas anotações enquanto Marcelo já dormia e o vento continuava soprando sem parar.
22 de setembro de 2010 - O córrego fantasma
O vento SE continuou soprando a noite inteira, parecendo às vezes que alguém quisesse me acordar balançando a rede com força. Acordei às 5h e logo acendi o fogo para preparar o café. Pouco depois levantou Marcelo também e começamos a organizar as coisas. Como café-da-manhã comemos frutas e cuscuz com ovos, tomando suco e café. Sempre com o vento contrario meio atravessado, remamos até às 8h15' quando dobramos à nossa direita e continuamos em direção à ilha Timbauba. Quando chegamos lá conhecemos "seu" Francisco, um ancião morador do Sítio Mutamba, que estava plantando capim na vazante. Perguntei-lhe sobre o corrego que a gente procurou tanto durante a 1ª Expedição Itacoatiara (com Marina Luna, em julho de 2009), quando Nil nos contou que remontando esse curso d'água dá pra chegar perto de uma caverna que os antigos caçadores da região usavam para arranchar. Aproveitamos dessa parada também para lanchar com biscoitos e suco. Segundo as indicações de seu Francisco chegamos num bonito recanto com muitas arvore de carnaúba. Um morador do lugar nos disse que acolá se chama Olho-d'água e que o lugar que nos estamos procurando se chama Malhada-d'areia. Assim nos deu outras indicações para chegar ao "córrego fantasma", como já o rebatizamos. Remamos, remamos, prestando a maior atenção em eventuais entradas escondidas, mas não encontramos algum sinal do córrego em questão. Às 11h30' chegamos numa ilhota no meio da qual existe uma grande aroeira e ali decidi parar para preparar o almoço. Acendi o fogo entre umas pedras e preparei frango na manteiga com cominho, alho e coentro. Como acompanhamento: arroz da terra, feijão verde e salada de tomate, cebola e cenoura. Depois do almoço Marcelo foi lavar a louça e eu preparei um litro de café que fui tomando ao longo da tarde. Marcelo trepou na arvore e conseguiu encontrar uma posição para ficar deitado sem cair facilmente. Na quietude da tarde quente, passei um tempinho pensando na real localização desse córrego, no desencontro com nosso guia local Antonio alguns meses atras e na dificuldade de visitar a tal caverna. Alguns pica-paus vieram pular de galho em galho na sombra da aroeira e me trouxeram de volta à realidade. Deixamos o rancho (no GPS: Aroeira2) por volta das 3h e fomos remando de volta até a ilha Timbauba, onde estava pensando de acampar para assistir ao por-do-sol e o nascer da lua cheia do alto do penhasco, mas encontramos no mesmo canto onde a gente costuma parar alguns pescadores já arranchados para passar a noite. No meio do caminho vimos um grande numero de garças-açu que, em cima de um rochedo, ficavam esperando a hora certa para voar, mergulhar o bico na água e pescar um peixe. Já sentado na canoinha dele, encontramos seu Francisco, pescando entre as tantas pedras ao redor da Timbauba. Remamos por mais uma hora e nos acampamos por baixo da aroeira do Sítio Mutamba (GPS: Campo M/Aroeira). Acendi a fogueira entre umas pedras e assistimos ao por-do-sol dum lado e o nascer da lua do outro. Preparei o café e comemos sanduiches de pão integral com mortadela, fatias de tomate e queijo coalho. Um morador do Sítio Mutamba, seu Josimar, veio soltar um cavalo amarrado numa estaca e nos convidou para ir dormir na casa dele. Já deitado na rede, mais tarde, vi chegar na aroeira umas tantas corujas, que pularam de galho em galho, brilhando no clarão lunar como fossem de prata.
23 de setembro de 2010
Enquanto a gente estava dormindo nas redes armadas por baixo da aroeira, um burro e um cavalo vieram visitar-nos. O burrico atacou a caixa dos alimentos, mas não fez muito estrago. Mastigou, sem nem conseguir comer, um meio pacote de pão de forma integral, no próprio saco de plástico, e acabou comendo o papelão da bandeja dos ovos, sem quebrar nenhum deles. O cavalo foi cheirar o cabelo de Marcelo, que acordou assustado com o cabeção do animal bem pertinho dele e pulou da rede para botar os dois intrusos pra correr. Eu continuei dormindo sem saber de nada até não acordar de manhã. Ventou muito também nessa madrugada, praticamente sem parar. Às 7h tomamos um café-da-manhã reforçado e às 8h15' zarpamos do Sítio Mutamba, finalmente sem vento contrario. Remamos sem parar até às 11h quando chegamos perto da torre da igreja da antiga cidade de São Rafael. Com o nível do rio tão baixo, um bom pedaço da torre fica por fora d'água. De repente o ventou parou geral e a temperatura ambiente subiu sensivelmente. Encostamos à margem perto da Prainha para fazer um lanche (Marcelo) e tomar um banho refrescante (eu). Recomeçamos a remar e não paramos até chegar à Itatinga, onde acendi o fogo e preparei o almoço. Depois de comer, descansamos um pedaço na sombra de uma grande arvore encostada no rochedo que cria a área abrigada por baixo da Itatinga. Dezenas de passarinhos vieram pular de galho em galho: rolinhas, pica-paus, beija-flores... para alegrar nossa estadia. Marcelo lavou a louça e eu fiz o café. Depois voltamos a remar até não chegar na baia abrigada do Sítio Araras, onde está meu pé de cajarana no sertão.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
Quando deus morreu...
Ho conosciuto Nicola Somenzi al Book Shop, una stravagante libreria/biblioteca comunitaria che esiste qui a Pipa già da più di dieci anni.
Quando sono arrivato, nel Book Shop non c'era altri che Nicola e così abbiamo cominciato a scambiare due chiacchere, prima in portoghese e poi, subito dopo aver riconosciuto l'origine comune, in italiano.
- Cintia non c'è?
- Non lo so... quando sono arrivato qui non c'era nessuno.
- Normale. Fra un pochino tornerà, vedrai.
_ Voglio lasciarle una copia del mio libro.
- Un libro tuo? Maddai...
E così ho scoperto che a Pipa ogni tanto viene anche un italiano interessante, insieme ad un mucchio di insignificanti turisti, e che esiste il Progetto Letterario Alga, un'ottima iniziativa editoriale di Alessandro Pradelli, che pubblica libri di giovani autori italiani ad un prezzo equo. Per stimolare la coscienza critica del lettore, il Progetto Alga propone di votare per uno dei cinque libri che vengono pubblicati ogni anno, usando l'interattività della Rete (www.projetoalga.it/vota).
Ho letto la prima volta "Quando Dio morì" di Nicola Somenzi in un paio d'ore, sdraiato nell'amaca in giardino, qualche giorno dopo il nostro incontro. Poi, come mi piace fare, l'ho riletto a "mozzichi e bocconi", come si dice a Roma, aprendo le pagine a caso o cercando un brano da capire meglio, ma anche per rileggere appena un passaggio particolarmente apprezzato.
Nel complesso il libro mi è piaciuto. Non sto qui a parlare della trama per non togliere il piacere a nessuno di scoprirla da solo.
Con certezza è stato piacevole poter esaminare la profondità psicologica di alcuni dei personaggi del libro: primo tra i quali, naturalmente, il protagonista, Luca, alter-ego dell'autore, che, improvvisamente, nel bel mezzo di una vita quotidiana contemporanea, vive una esperienza a dir poco fantastica, non sempre originale, ma con contaminazioni letterarie, cinematografiche e, addirittura, fumettistiche a me congeniali.
Anche la figura del prete, Don Anselmo, è stata molto ben delineata da Nicola, che ne ha fatto uno dei perni della storia, rappresentandolo nella sua più pura indole di sacerdote di un qualsivoglia culto religioso: prevaricatore, subdolo, sapiente amministratore del potere del quale dispone e unico dispensatore della parola del dio onnipotente, nel mondo reale, così come in quello fantastico.
Consiglio, a chi piace leggere, "Quando Dio morì": è un buon libro interessante. Un romanzo da leggere per poi riflettere.
Spero in breve di avere tra le mani un nuovo libro di Nicola Somenzi, trentenne parmigiano, che lavora tra il Medio Oriente e Milano, ma sogna l'America del Sud e Blade Runner; magari una raccolta di racconti, forse il mio genere letterario preferito.
Quando sono arrivato, nel Book Shop non c'era altri che Nicola e così abbiamo cominciato a scambiare due chiacchere, prima in portoghese e poi, subito dopo aver riconosciuto l'origine comune, in italiano.
- Cintia non c'è?
- Non lo so... quando sono arrivato qui non c'era nessuno.
- Normale. Fra un pochino tornerà, vedrai.
_ Voglio lasciarle una copia del mio libro.
- Un libro tuo? Maddai...
E così ho scoperto che a Pipa ogni tanto viene anche un italiano interessante, insieme ad un mucchio di insignificanti turisti, e che esiste il Progetto Letterario Alga, un'ottima iniziativa editoriale di Alessandro Pradelli, che pubblica libri di giovani autori italiani ad un prezzo equo. Per stimolare la coscienza critica del lettore, il Progetto Alga propone di votare per uno dei cinque libri che vengono pubblicati ogni anno, usando l'interattività della Rete (www.projetoalga.it/vota).
Ho letto la prima volta "Quando Dio morì" di Nicola Somenzi in un paio d'ore, sdraiato nell'amaca in giardino, qualche giorno dopo il nostro incontro. Poi, come mi piace fare, l'ho riletto a "mozzichi e bocconi", come si dice a Roma, aprendo le pagine a caso o cercando un brano da capire meglio, ma anche per rileggere appena un passaggio particolarmente apprezzato.
Nel complesso il libro mi è piaciuto. Non sto qui a parlare della trama per non togliere il piacere a nessuno di scoprirla da solo.
Con certezza è stato piacevole poter esaminare la profondità psicologica di alcuni dei personaggi del libro: primo tra i quali, naturalmente, il protagonista, Luca, alter-ego dell'autore, che, improvvisamente, nel bel mezzo di una vita quotidiana contemporanea, vive una esperienza a dir poco fantastica, non sempre originale, ma con contaminazioni letterarie, cinematografiche e, addirittura, fumettistiche a me congeniali.
Anche la figura del prete, Don Anselmo, è stata molto ben delineata da Nicola, che ne ha fatto uno dei perni della storia, rappresentandolo nella sua più pura indole di sacerdote di un qualsivoglia culto religioso: prevaricatore, subdolo, sapiente amministratore del potere del quale dispone e unico dispensatore della parola del dio onnipotente, nel mondo reale, così come in quello fantastico.
Consiglio, a chi piace leggere, "Quando Dio morì": è un buon libro interessante. Un romanzo da leggere per poi riflettere.
Spero in breve di avere tra le mani un nuovo libro di Nicola Somenzi, trentenne parmigiano, che lavora tra il Medio Oriente e Milano, ma sogna l'America del Sud e Blade Runner; magari una raccolta di racconti, forse il mio genere letterario preferito.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Material interessante sobre o sertão potiguar
Publiquei no 4shared um bocadinho di arquivos pdf interessantes sobre historia, geografia, fauna e flora do sertão potiguar... Confiram aí igaruana.4shared.com
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Tati e Rui bicicletando
Os amigos Tati e Rui, sem esquecer a cadela Buba, sairam da Pipa pedalando e já chegaram no Maranhão... para saber mais sobre a aventura da dinamica dupla, clique neste link
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
quarta-feira, 16 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Aqui está ! (English)
Um obrigado sincero aos amigos que emprestaram a própria voz para dar vida aos oito personagens desta historinha.
Valeu !!!
Para a trilha sonora encontrei no site jamendo.com o excelente "Duas e meia Blues" de Guilherme Primata, que parece foi escrito mesmo para isso !!! Um grande obrigado a Guilherme, também !!!
Para saber mais sobre Guilherme Primata: myspace.com/projetoprimata
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Uma última coisa:
Fatos e personagens são puramente imaginários !!!
A not well identified drug is passed hand by hand, until...
It's always the same old story: a kind of fisherman could catch only small fishes... eh eh eh !!!
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Leitmotiv of this short movie are two words - Aqui está! - that everybody say.
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I made on my own the english subtitles, so I apologise any incorrectness.
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Many thanks to Joel, Rafael, Chico Martins, Tatiana, Christian, Damaso, Eder and Chico do Côco, all friends of mine, that gave voice to all characters of this short movie. Thanks a lot !!!
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Original soundtrack: "Duas e meia blues" by Guilherme Primata, published under creativecommons.org... licenses
terça-feira, 1 de junho de 2010
Meu pai (micro-clipe)
Meu pai (micro-clipe) from Jack dEmilia on Vimeo.
Micro-clipes são brevissimos curtas-metragens de 15/20 segundos que se resolvem com uma breve troca de falas entre os personagens, ou até com um lacônico monólogo. A ideia é fazer refletir sobre algum tema dando também uma risada. Às vezes são simples piadas, contudo nunca deixando de estimular quem assiste.
Imaginei, escrevi e realizei "Meu pai" sozinho; eu gravei também ambas as falas, do filho pianista e do pai punk. A trilha sonora foi extraida da faixa "Piano dreams" de Aqua Button.
A título de curiosidade quero dizer que no começo o jovem tocava a bateria que aparece na cena, mas, como estava sendo difícil realizar a sincronia da filmagem com uma outra faixa musical que tinha escolhido, acabei pondo o jovem tocando o pianoforte vertical.
eh eh eh...
Imaginei, escrevi e realizei "Meu pai" sozinho; eu gravei também ambas as falas, do filho pianista e do pai punk. A trilha sonora foi extraida da faixa "Piano dreams" de Aqua Button.
A título de curiosidade quero dizer que no começo o jovem tocava a bateria que aparece na cena, mas, como estava sendo difícil realizar a sincronia da filmagem com uma outra faixa musical que tinha escolhido, acabei pondo o jovem tocando o pianoforte vertical.
eh eh eh...
domingo, 23 de maio de 2010
Moacy Cirne na Praia da Pipa
Moacy Cirne (São José do Seridó, RN - 1943) é considerado o maior estudioso brasileiro das histórias em quadrinhos, tendo escrito inúmeros livros sobre elas. Em 1967 participou do lançamento do Poema/Processo (em Natal e no Rio de Janeiro), movimento de vanguarda (anti)literária, ao lado de Nei Leandro de Castro, Dailor Varela, Anchieta Fernandes, Falves Silva e outros. Na década de 1970 escreveu a coluna EQ, juntamente com Marcio Ehrlich, no jornal carioca Tribuna da Imprensa. Foi editor da Revista de Cultura Vozes, de Petrópolis (1971-1980), e colaborador do suplemento Livro do Jornal do Brasil (Rio, 1972-76). Professor (aposentado) do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense, onde lecionava disciplinas sobre Histórias em Quadrinhos e Ficção Científica dentre outras, era famoso no Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF por editar e distribuir o fanzine independente de uma página Balaio Porreta. Desde 2007 o fanzine, que une textos provocativos, listagens de filmes, pensamentos e poesias, se transferiu para a internet sob a forma de um blog, o Balaio Vermelho.
Moacy Cirne participou do 1º FLIPA, Festival Literário de Pipa, no setembro de 2009. Esta entrevista foi realizada na manhã do domingo 27 de setembro, no dia depois do FLIPA terminar.
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Filmagens de Jack d'Emilia.
Edição audio e vídeo de Negusta Negasta.
Trilha sonora de Aqua Button.
www.eca13.org
Moacy Cirne participou do 1º FLIPA, Festival Literário de Pipa, no setembro de 2009. Esta entrevista foi realizada na manhã do domingo 27 de setembro, no dia depois do FLIPA terminar.
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Filmagens de Jack d'Emilia.
Edição audio e vídeo de Negusta Negasta.
Trilha sonora de Aqua Button.
www.eca13.org
Rolé noturno no Recife com Eddy
No Recife para filmar a ação "Carne da minha perna 2010" ideada e realizada por Eddy Polo e o graffiteiro Galo de Souza, aproveitei para realizar umas filmagens noturnas durante um rolé de carro pelas ruas da cidade.
Durante a edição do vídeo, Negusa Negasta aplicou o efeito "aquarela" às imagens e obteve este resultado. A trilha sonora é de Guilherme Primata. Mais um produto ECA13. www.eca13.org
segunda-feira, 3 de maio de 2010
domingo, 2 de maio de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
Carne da minha perna
Estou no Recife. Sexta 23 à noite, filmei e fotografei a ação de Eddy Polo e o graffiteiro Galo de Souza, que deram outra aparência à escultura de ferro, que representa um caranguejo, situada na rua da Aurora, à beira do rio Capibaribe. Em breve videoclip, doc do "making of" e entrevista aos dois...
quarta-feira, 21 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
Um dia diferente
Acordei sem despertador às 4:18 da madrugada. Não deu para tomar nem um cafè. Deixei dupla ração de água e comida para a cadela Biriba, peguei bolsa, boné, óculos e sai de casa antes do dia amanhecer.
Quando cheguei no estacionamento, faltavam ainda cinco minutos para o ônibus partir. Como a poltrona 13 estava já ocupada, sentei na 23.
Por incrível que pareça, o ônibus das 5h saiu de Pipa quase lotado e durante a viagem muitos passageiros ficaram em pé.
Às 6:40h desci do ônibus em Parnamirim, no Posto Dudu, cruzei a BR na passarela e fui logo perguntar pro agente da "Nordeste" qual fosse o próximo ônibus pro oeste.
Ranieri, já meu conhecido, que tem também uma lanchonete à beira da estrada, me comunicou: 45 minutos de espera para o expresso Natal-Assú-Mossoró, 23 reais a passagem, 20 pra mim. Comi duas coixinhas, bebendo suco de cajá e lendo um pouco.
Às 7:30h subi no ônibus e fui sentar numa das poucas poltronas livres, perto de uma mulher com duas crianças e ao lado de um rapaz dormiente. Para recuperar o sono perdido, tentei cochilar um pouco, mas não foi fácil.
O neném no colo da mãe, sentada no outro lado do corredor, gosta de gritar. A irmazinha, que deve ter uns quatro anos, é mais tranquila. A jovem mãe tem um sorriso bonito e gosta de conversar. Ela tem também belas pernas nervosas, que me mostra em varias poses, se ajeitando na poltrona.
Em Lajes o ônibus sempre dá uma parada por uns 15/20 minutos e todo mundo deve descer. Aproveitei disso para dar-me uma refrescada, lavando o rosto e molhando os cabelos no banheiro da lanchonete.
É nessa altura que, subindo de volta no ônibus, eu sempre aviso o motorista que pretendo descer no trevo de Itajá, que não é parada obrigatoria. De Lajes para Itajá, sem entrar em Angicos, a viagem demora menos de uma hora. Depois da entrada para São Rafael, só faltam poucos minutos para a chegada.
Às 10:30h desci do ônibus, atravessei a BR e segui caminando em direção à cidade. Da BR até a minha casa tem cinco quilometros. Logo que entrei na cidade, encontrei Tito, que mora no Sítio Araras. Nos cumprimentamos e cada um seguiu pro seu caminho.
Atravessei toda a cidade e na altura do mercadinho de Lourenço, como no fundo do coração eu esperava acontecer a qualquer hora, uma businada me avisou que ia rolar uma carona.
Era o próprio Tito, dirigindo uma motocicleta emprestada. Subi na garupa da moto e em poucos minutos chegamos no Sítio Araras.
Nas horas mais quentes, ninguém anda na rua sem razão.
Entrando em casa encontrei tudo em ordem. Se eu fosse ficar, deveria só passar a vassoura e espanar as teias de aranha. Antes de fechar a casa, cubro tudo com uns lençois para simplificar o serviço na chegada.
Ao abrir a porta de trás, logo deparei com o imbuzeiro cheio de fruta. A arvore está tão carregada que os galhos ficam pesados, querendo arriar no chão.
Subi na arvore, sentei na minha postação preferida e fiquei comendo a fruta diretamente no pé, tendo o cuidado de escolher os frutos na sombra, por que a fruta quente dá dor-de-barriga. Depois de um bom tempo, desci da arvore e fui beliscar outra fruta, dessa vez no pé de acerola.
E isso foi meu almoço.
Fui no banheiro e, ao mesmo tempo, o lavei todo tomando um bom banho refrescante. A água do tanque fica sempre bem fresquinha e, nas horas mais quentes, tomar um banho de cuia é um verdadeiro alívio para o corpo e a alma.
Botei no fogo a água para fazer o café que não tomei quando acordei. Recuperei os documentos que vim buscar e os guardei na bolsa, junto com duas contas que colocaram por baixo da porta, durante minha ausência.
Mal terminei de tomar café que vi uma jovem estudante sentar-se na sombra da varanda da minha casa. Assim perguntei pra ela se ia passar o ônibus escolar; a menina disse que estava mesmo preste a chegar.
Fechei assim o banheiro, a casa, peguei bolsa, óculos, boné, uma bermuda, que tinha deixado ali da útima vez por que estava molhada, e já a busina do ônibus anunciava sua chegada.
No micro-escolar troquei umas ideías com Romário e Marcelo até chegar na praça grande de Itajá, onde tem duas diferentes escolas, de 1º e 2º grau.
Da praça fui de novo andando até a BR, onde uma pequena cobertura simboliza a parada dos ônibus, taxi, moto-taxi, etc.
Por baixo da cobertura está a banquinha de um ambulante e uma turminha que passa o dia inteiro jogando baralho.
Bebi dois cafezinhos com mais açucar que café, escrevendo parte destas notas e depois o micro-ônibus alternativo pra Natal chegou.
Às 13:40h estava já começando minha viagem de regresso: quase 500km num dia só, ida e volta, Pipa - Sítio Araras - Pipa.
Quando cheguei no estacionamento, faltavam ainda cinco minutos para o ônibus partir. Como a poltrona 13 estava já ocupada, sentei na 23.
Por incrível que pareça, o ônibus das 5h saiu de Pipa quase lotado e durante a viagem muitos passageiros ficaram em pé.
Às 6:40h desci do ônibus em Parnamirim, no Posto Dudu, cruzei a BR na passarela e fui logo perguntar pro agente da "Nordeste" qual fosse o próximo ônibus pro oeste.
Ranieri, já meu conhecido, que tem também uma lanchonete à beira da estrada, me comunicou: 45 minutos de espera para o expresso Natal-Assú-Mossoró, 23 reais a passagem, 20 pra mim. Comi duas coixinhas, bebendo suco de cajá e lendo um pouco.
Às 7:30h subi no ônibus e fui sentar numa das poucas poltronas livres, perto de uma mulher com duas crianças e ao lado de um rapaz dormiente. Para recuperar o sono perdido, tentei cochilar um pouco, mas não foi fácil.
O neném no colo da mãe, sentada no outro lado do corredor, gosta de gritar. A irmazinha, que deve ter uns quatro anos, é mais tranquila. A jovem mãe tem um sorriso bonito e gosta de conversar. Ela tem também belas pernas nervosas, que me mostra em varias poses, se ajeitando na poltrona.
Em Lajes o ônibus sempre dá uma parada por uns 15/20 minutos e todo mundo deve descer. Aproveitei disso para dar-me uma refrescada, lavando o rosto e molhando os cabelos no banheiro da lanchonete.
É nessa altura que, subindo de volta no ônibus, eu sempre aviso o motorista que pretendo descer no trevo de Itajá, que não é parada obrigatoria. De Lajes para Itajá, sem entrar em Angicos, a viagem demora menos de uma hora. Depois da entrada para São Rafael, só faltam poucos minutos para a chegada.
Às 10:30h desci do ônibus, atravessei a BR e segui caminando em direção à cidade. Da BR até a minha casa tem cinco quilometros. Logo que entrei na cidade, encontrei Tito, que mora no Sítio Araras. Nos cumprimentamos e cada um seguiu pro seu caminho.
Atravessei toda a cidade e na altura do mercadinho de Lourenço, como no fundo do coração eu esperava acontecer a qualquer hora, uma businada me avisou que ia rolar uma carona.
Era o próprio Tito, dirigindo uma motocicleta emprestada. Subi na garupa da moto e em poucos minutos chegamos no Sítio Araras.
Nas horas mais quentes, ninguém anda na rua sem razão.
Entrando em casa encontrei tudo em ordem. Se eu fosse ficar, deveria só passar a vassoura e espanar as teias de aranha. Antes de fechar a casa, cubro tudo com uns lençois para simplificar o serviço na chegada.
Ao abrir a porta de trás, logo deparei com o imbuzeiro cheio de fruta. A arvore está tão carregada que os galhos ficam pesados, querendo arriar no chão.
Subi na arvore, sentei na minha postação preferida e fiquei comendo a fruta diretamente no pé, tendo o cuidado de escolher os frutos na sombra, por que a fruta quente dá dor-de-barriga. Depois de um bom tempo, desci da arvore e fui beliscar outra fruta, dessa vez no pé de acerola.
E isso foi meu almoço.
Fui no banheiro e, ao mesmo tempo, o lavei todo tomando um bom banho refrescante. A água do tanque fica sempre bem fresquinha e, nas horas mais quentes, tomar um banho de cuia é um verdadeiro alívio para o corpo e a alma.
Botei no fogo a água para fazer o café que não tomei quando acordei. Recuperei os documentos que vim buscar e os guardei na bolsa, junto com duas contas que colocaram por baixo da porta, durante minha ausência.
Mal terminei de tomar café que vi uma jovem estudante sentar-se na sombra da varanda da minha casa. Assim perguntei pra ela se ia passar o ônibus escolar; a menina disse que estava mesmo preste a chegar.
Fechei assim o banheiro, a casa, peguei bolsa, óculos, boné, uma bermuda, que tinha deixado ali da útima vez por que estava molhada, e já a busina do ônibus anunciava sua chegada.
No micro-escolar troquei umas ideías com Romário e Marcelo até chegar na praça grande de Itajá, onde tem duas diferentes escolas, de 1º e 2º grau.
Da praça fui de novo andando até a BR, onde uma pequena cobertura simboliza a parada dos ônibus, taxi, moto-taxi, etc.
Por baixo da cobertura está a banquinha de um ambulante e uma turminha que passa o dia inteiro jogando baralho.
Bebi dois cafezinhos com mais açucar que café, escrevendo parte destas notas e depois o micro-ônibus alternativo pra Natal chegou.
Às 13:40h estava já começando minha viagem de regresso: quase 500km num dia só, ida e volta, Pipa - Sítio Araras - Pipa.
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