A Pipa não é mais aquela de um tempo... isso é um fato. Mas só quando os acontecimentos chegam a interferir na nossa vida, sentimos realmente o peso das mudanças.
Desde 1993, quando comprei esta casa na praia, até o ano 2000 nunca me preocupei muito com a falta de segurança. Muito pelo contrario, a tranquilidade nesse sentido era praticamente absoluta. Me lembro bem que ia com Elena e meu filho Federico pra baia dos golfinhos e, por "educação", deixava as janelas abertas e o som ligado, para entreter eventuais amigos que chegassem em nossa ausencia.
Outros tempos...
Depois as coisas foram mudando e os acontecimentos ruins sucedendo com frequencia sempre maior.
Minha casa não é "à prova de ladrão". Não tem muro alto, grades nas janelas, cerca eletrica, portão blindado, vigilancia armada, pitbulls irados. Nada disso.
Me lembro que no 2005, no auge do "Jack's on the beach" e na época da primeira crise da Pipa por falta de segurança, não podia ir comer uma pizza na rua com Sobelysse e a pequena Marina Luna sem deixar um vigia na varanda, tranquilo na rede, só pra marcar presença...
E falando em rede, vamos voltar à atualidade.
Ontem foi o último dia de escola por minha filha e no Espaço Maturi rolou uma exposição dos trabalhos deste ano e uma simpatica representação teatral na qual ela também recitou.
Depois do almoço, saindo às pressas, deixei minha rede armada na varanda... e me esqueci de despedir-me dela.
Quando voltamos não estava mais ali... que pena! O "dono" passou e carregou consigo.
Vacilou, dançou, "seu" Jack...
Se algum representante das autoridades constituidas (prefeitura, policia, pais de menores, etc.) fosse ler estas minhas palavras, gostaria de comunicar-lhe que na praia abaixo da minha casa e entre as pedras mais pra lá se reunem às vezes pequenos grupos de pessoas para fumar o maldido crack e outras vezes um grupinho de moleques (muito muito jovens) para fumar um baseado...