segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Posso estar ficando é velho... mas nunca vou ficar careta!


É... foi massa mesmo, ontem. Eu dormi na rede por baixo do imbuzeiro, agasalhado em meu poncho vermelho. Acordei por volta das 4h30. Tomei café rapidamente e sai para dar uma volta com as quatro cadelas, Cherepa, Branquinha, Cabeça e Olhinho. Na beira do rio, tomei aquele simbólico banho de água geladinha e depois seguimos caminhando por um pedaço, até um penhasco onde as cadelas se divertem muito a pular de pedra em pedra, correr atrás dos lagartos etc...
Harmonia celestial, nenhum barulho, nem de longe, bem baixinho. Só o vento e o canto dos passarinhos. Ai sim, tomei um bom banho demorado; fiquei boiando e viajando em todas as coisas que se pensam num momento desse. Finalmente as cadelas vieram tomar banho também e foi aquela algazarra.
Quando deu umas 9h, voltamos pro Sítio Araras, onde chegamos depois das dez e meia, pois voltamos bem devagar. parando ora aqui ora ali.
A caminhada foi grande, como escrevi ontem.
Chegados em casa, as quatro cadelas comeram e desmaiaram na sombra, onde permaneceram o resto do dia. Só se animaram à noite, quando bateu de novo a fome.
Eu fiquei naquela: colhi um bocadinho de fruta das arvores, fiz um café, escolhi uns três, quatro livros... e passei a tarde na rede, lendo e beliscando a fruta; escutando e olhando os passarinhos, cantando na sombra do imbuzeiro.
Cozinhei um arroz com legumes só à noite.
Comi e dormi cedo.
Já hoje, segunda, acordei cedo, mas o programa foi diferente...
Tomei café, peguei a bicicleta e fui pedalando até Itajá. Lá peguei um táxi coletivo e fui até Assu. No Assu, levei minhas botas pro sapateiro, depois fui procurar comprar na madeireira umas tábuas para construir uma estante para todos os livros que trouxe no sertão nesta minha última vinda. Caminhei pra caramba, do centro pra madeireira e, na volta, carregando as tábuas no ombro.
Pesquisando em varias lojas de material de construção, consegui comprar uns tantos grampos de marceneiro ("sargentos") dos quais estava precisando. Paguei a conta da energia, comi um pastel de queijo ao forno e tomei um suquinho de caju. Sem perder tempo, peguei um táxi coletivo de volta para Itajá, voltei pedalando pra casa. Às 11h já estava em pé ao lado do tanque, tomando aquele banho de cuia refrescante!
Que bom! Agora estou com material e ferramenta para realizar um bocadinho de serviços que viviam pendurados na lista das coisas pra fazer.