No fim do março passado, aproveitei para dar o chute inicial à ideia, saindo por uma expedição solitária em canoa de cinco dias, sem carregar carnes, embutidos etc.
Naqueles dias, comi ovos, queijo e, um dia, aceitei um peixe, oferecido por um pescador, que preparei ensopado.
Quando voltei em Pipa, me decidi a tornar-me ovo-lacto-vegetariano. No começo, comi bastante ovos e queijo, por que achava que fosse preciso substituir a carne com um ou outro. Depois fui acertando as coisas, lidando principalmente com a grande limitação de poder comprar só o que estiver à venda, seja em Pipa que no sertão.
Uma mudança importante que veio junto com a abolição da carne, foi eliminar do meu cardápio todas as porcarias! Salgados ou doces, todos os produtos industrializados foram eliminados. Para isso funcionar bem, existe só um método: não comprar e levar pra casa porcarias!
Assim fui substituindo todas as porcarias, que comia sem pensar muito, com fruta; principalmente uva, na Pipa.
Aqui no sertão tenho uma produção própria de acerola e umbu-cajá, que se prestam muito para uma das minhas atividades preferidas: beliscar na rede, lendo um bom livro.
Não sou nutricionista, nem adepto de nenhum movimento a favor do vegetarianismo. por isso, não acho que a minha alimentação seja melhor daquela de ninguém, tampouco quero ser um exemplo.
Escrevi esta nota, apenas para matar a curiosidade de uns amigos, que ficaram me perguntando...
Atualmente, dezembro de 2015, no sertão do Vale do Assu, estou me alimentando no dia-a-dia, consumindo os seguintes produtos:
Abobrinha
Alho
Batata doce
Batata inglesa
Berinjela
Cebola
Cenoura
Coentro
Couve
Pimentão
Repolho
Tomate
Arroz integral
Macarrão para sopa¹
Feijão preto¹
Feijão verde²
Grão-de-bico²
Lentilhas¹
Farinha de mandioca
Milho para pipoca¹
Tapioca
Peixe (tucunaré, ou tilápia)³
Ovos caipira³
Castanha de caju
Queijo manteiga artesanal²
Queijo coalho artesanal
Azeite de oliva
Manteiga da terra²
Acerola
Banana
Laranja
Melão
Umbu-cajá
Uva
¹ uma vez por semana
² uma vez a cada quinze dias
³ uma vez por semana, às vezes duas, outras nenhuma