Quando voltei do rolezinho, ontem, pro porto das canoas do Sítio Araras, ainda fiquei um tempo lá na margem.
Primeiro, depois de ter tirado colete, chapéu e bandana, tomei um bom banho refrescante. Nadei até um barquinho, apoitado num tronco de arvore semi-submerso pouco distante, e fiquei admirando os restos descascados de varias pinturas sobrepostas nas tábuas de madeira.
Por questão de praticidade, desde quando a estiagem afastou a margem do rio da vila, os pescadores locais estão abrigando suas canoas perto da descida pro rio do restaurante Chico Felix. Assim pouco depois apareceram alguns frequentadores do restaurante para tomar banho de rio.
Os primeiros foram quatro jovens de Mossoró, que deixaram as namoradas no restaurante e só ficaram contando vantagem uns pros outros o tempo todo. Me afastei um pouco, para não escutá-los sem querer.
Quando os quatro amigos foram embora, voltei para perto da canoa e comecei as manobras para pôr em seco a embarcação e depois amarra-la no carrinho. A margem cheia de pedras requereu a máxima atenção.
De longe, vi uma inteira grande família sertaneja, com representantes de quatro ou cinco gerações, que almoçaram no Chico Felix, descer pro meu lado: Na frente, destacando-se do grupo, três pirralhos chegaram correndo, um menino e duas meninas, alguns minutos antes dos outros.
Quando chegaram perto da margem, me senti em dever de avisá-los:
- Cuidado! Não entrem no rio sozinhos, esperem os adultos chegarem; pois pode ser perigoso", disse.
Os meninos pararam de correr a uns dois metros da margem e começaram a olhar pra todo lado.
Aí, uma das duas meninas veio perto de minha canoa e me perguntou, assim, do nada:
- Você é um pirata? -
Por um momento, rindo dentro de mim, fiquei pensando qual resposta seria mais apropriada e, na dúvida, fiz apenas um sorriso pra menina.
- A-hã! - ela disse, então, e...
- Eu sabia que os piratas existem de verdade! - confirmou consigo mesmo e ficou me estudando, curiosa, por um meio minuto, em silencio.
Eu continuei sem dizer nada e, logo depois, a atenção da menina foi chamada pelo grito do amiguinho:
- Vem ver! vem ver... encontrei um peixe! - e correu pra lá.
Eu voltei ao meu trabalho.
Primeiro, depois de ter tirado colete, chapéu e bandana, tomei um bom banho refrescante. Nadei até um barquinho, apoitado num tronco de arvore semi-submerso pouco distante, e fiquei admirando os restos descascados de varias pinturas sobrepostas nas tábuas de madeira.
Por questão de praticidade, desde quando a estiagem afastou a margem do rio da vila, os pescadores locais estão abrigando suas canoas perto da descida pro rio do restaurante Chico Felix. Assim pouco depois apareceram alguns frequentadores do restaurante para tomar banho de rio.
Os primeiros foram quatro jovens de Mossoró, que deixaram as namoradas no restaurante e só ficaram contando vantagem uns pros outros o tempo todo. Me afastei um pouco, para não escutá-los sem querer.
Quando os quatro amigos foram embora, voltei para perto da canoa e comecei as manobras para pôr em seco a embarcação e depois amarra-la no carrinho. A margem cheia de pedras requereu a máxima atenção.
De longe, vi uma inteira grande família sertaneja, com representantes de quatro ou cinco gerações, que almoçaram no Chico Felix, descer pro meu lado: Na frente, destacando-se do grupo, três pirralhos chegaram correndo, um menino e duas meninas, alguns minutos antes dos outros.
Quando chegaram perto da margem, me senti em dever de avisá-los:
- Cuidado! Não entrem no rio sozinhos, esperem os adultos chegarem; pois pode ser perigoso", disse.
Os meninos pararam de correr a uns dois metros da margem e começaram a olhar pra todo lado.
Aí, uma das duas meninas veio perto de minha canoa e me perguntou, assim, do nada:
- Você é um pirata? -
Por um momento, rindo dentro de mim, fiquei pensando qual resposta seria mais apropriada e, na dúvida, fiz apenas um sorriso pra menina.
- A-hã! - ela disse, então, e...
- Eu sabia que os piratas existem de verdade! - confirmou consigo mesmo e ficou me estudando, curiosa, por um meio minuto, em silencio.
Eu continuei sem dizer nada e, logo depois, a atenção da menina foi chamada pelo grito do amiguinho:
- Vem ver! vem ver... encontrei um peixe! - e correu pra lá.
Eu voltei ao meu trabalho.