Depois muito tempo passado em vão fuçando na web, hoje encontrei, quase por acaso, publicado no Youtube: "Não é muito, mas é Mário", curta-metragem do amigo Eddy Polo Lira Junior, verdadeiro cult-movie da praia da Pipa, rodado na Fazenda Bom Jardim em Goianinha e numa casa de taipa na Pipa, no ano 2000; vídeo praticamente inédito que narra a visita do escritor Mário de Andrade nesta região.
A produção independente e sem muitos recursos financeiros foi ideada e planejada no Book Shop Pipa numa época na qual tinha me afastado desse lugar por outras razões; portanto foi só depois que Eddy e eu ficamos amigos que me interessei mais à coisa.
Só para lembrar um pormenor, me recordo que naquele ano 2000 fui contatado por Bruno Barbalho, também ele envolvido no projeto, que me pediu para realizar, a título meramente gratuito, um retrato de Mário de Andrade, que executei rapidamente no meu estilo "cartoon", com um cigarro meio torto na boca, e entreguei pra ele na minha casa, sem participar ativamente dessa produção em momento nenhum.
Que pena... penso agora.
Diretor da película foi o pernambucano Eddy Polo Lira Junior, que tinha já participado de algumas produções cinematográficas independentes no Recife, numa das quais como cenógrafo.
O titulo do filme foi sugerido pelo linguista alemão Ulli Raab, naquela época professor da Cultura Inglesa em Natal.
O papel de Mário de Andrade foi interpretado por Jesus Esopo, antigo morador de Pipa, proveniente do Pais Basco. Ele contracenou com o escultor potiguar Jordão de Arimateia, que desempenhou o papel de um bruxo, a quem Mário de Andrade procura em suas pesquisas sobre o candomblé.
Cameraman do filme foi o uruguaio Ernesto Gillman e contra-regra o paraense Eder Jofre Guimarães, outro morador de Praia da Pipa há mais de uma década. As filmagens na Fazenda Bom Jardim em Goianinha contaram com a presença especial do maquiador Amaro Lima.
O italiano Giovanni Palmerio filmou com uma handy-cam os bastidores de "Não é muito, mas é Mário" registrando todas as etapas da produção. Entre os muitos amigos e conhecidos que participaram das filmagens, ao assistir pela primeira vez à obra desaparecida, reconheci: Pablo Bracchi, Jorge Curvelo, os capoeiristas Jean e Pipaline, o pescador Carioca, João Doido e muitos outros... homens, mulheres, jovens... nativos, estrangeiros... queria, aliás, que quem se reconhecer no filme, dissesse pra mim, por favor.
O filme foi apresentado ao publico uma única vez no telão do Garagem Bar&Co na praia da Pipa. Depois disso um foi pra lá, outro acolá, o uruguaio voltou pra casa. E o tempo foi passando.
Alguns meses depois Eddy Polo, ingênuo como poucos do tamanho e idade dele, entregou a sua única cópia do filme para um conhecido seu, que a levou pro RJ e alí a perdeu. Quando Eddy me contou isso, inconformado com o acontecido, pelo e-mail comecei a procurar entrar em contato com Ernesto, que tinha outra cópia do filme. Nunca obtive resposta alguma.
"Não é muito... mas é foda!!" exclamamos ao uníssono Eddy e eu, quando hoje disse pra ele que o filme foi publicado na web como se fosse do próprio Ernesto.
Mas o prazer de assistir finalmente o curta foi bem maior que qualquer desgosto.
Assim Eddy me disse que brevemente pretende entrar em contato pessoalmente com Ernesto Gillman, para obter uma cópia do material original e poder finalmente realizar, como sempre quis, uma versão do curta-metragem de apenas um minuto de duração, para apresentá-lo no festival dedicado.
Vamos ver no que vai dar...
Só para lembrar um pormenor, me recordo que naquele ano 2000 fui contatado por Bruno Barbalho, também ele envolvido no projeto, que me pediu para realizar, a título meramente gratuito, um retrato de Mário de Andrade, que executei rapidamente no meu estilo "cartoon", com um cigarro meio torto na boca, e entreguei pra ele na minha casa, sem participar ativamente dessa produção em momento nenhum.
Que pena... penso agora.
Diretor da película foi o pernambucano Eddy Polo Lira Junior, que tinha já participado de algumas produções cinematográficas independentes no Recife, numa das quais como cenógrafo.
O titulo do filme foi sugerido pelo linguista alemão Ulli Raab, naquela época professor da Cultura Inglesa em Natal.
O papel de Mário de Andrade foi interpretado por Jesus Esopo, antigo morador de Pipa, proveniente do Pais Basco. Ele contracenou com o escultor potiguar Jordão de Arimateia, que desempenhou o papel de um bruxo, a quem Mário de Andrade procura em suas pesquisas sobre o candomblé.
Cameraman do filme foi o uruguaio Ernesto Gillman e contra-regra o paraense Eder Jofre Guimarães, outro morador de Praia da Pipa há mais de uma década. As filmagens na Fazenda Bom Jardim em Goianinha contaram com a presença especial do maquiador Amaro Lima.
O italiano Giovanni Palmerio filmou com uma handy-cam os bastidores de "Não é muito, mas é Mário" registrando todas as etapas da produção. Entre os muitos amigos e conhecidos que participaram das filmagens, ao assistir pela primeira vez à obra desaparecida, reconheci: Pablo Bracchi, Jorge Curvelo, os capoeiristas Jean e Pipaline, o pescador Carioca, João Doido e muitos outros... homens, mulheres, jovens... nativos, estrangeiros... queria, aliás, que quem se reconhecer no filme, dissesse pra mim, por favor.
O filme foi apresentado ao publico uma única vez no telão do Garagem Bar&Co na praia da Pipa. Depois disso um foi pra lá, outro acolá, o uruguaio voltou pra casa. E o tempo foi passando.
Alguns meses depois Eddy Polo, ingênuo como poucos do tamanho e idade dele, entregou a sua única cópia do filme para um conhecido seu, que a levou pro RJ e alí a perdeu. Quando Eddy me contou isso, inconformado com o acontecido, pelo e-mail comecei a procurar entrar em contato com Ernesto, que tinha outra cópia do filme. Nunca obtive resposta alguma.
"Não é muito... mas é foda!!" exclamamos ao uníssono Eddy e eu, quando hoje disse pra ele que o filme foi publicado na web como se fosse do próprio Ernesto.
Mas o prazer de assistir finalmente o curta foi bem maior que qualquer desgosto.
Assim Eddy me disse que brevemente pretende entrar em contato pessoalmente com Ernesto Gillman, para obter uma cópia do material original e poder finalmente realizar, como sempre quis, uma versão do curta-metragem de apenas um minuto de duração, para apresentá-lo no festival dedicado.
Vamos ver no que vai dar...
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